O diretor presidente da Prumo, José Magela, informou que a empresa vai investir R$ 8 bilhões até 2023 na construção de duas termelétricas e um terminal de regaseificação no Porto do Açu, uma alternativa para o gás natural que será produzido no pré-sal das bacias de Santos e Campos e que também poderá ser escoado pelo porto.

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Nesta segunda-feira, 30, Magela recebeu do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, autorização para construir a segunda termelétrica no Porto, a GNA Porto do Açu III, com capacidade instalada de 1.673 megawatts e custo de R$ 4,1 bilhões. A unidade ficará pronta em janeiro de 2023, três anos depois da primeira térmica do grupo entrar em operação no mesmo local.

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Mais três termelétricas ainda deverão ser construídas, disse Magela, que tem licenciado 3,4 mil megawatts para participar do leilão de energia elétrica com entrega a partir de 2024 (A-6), que será realizado no final deste mês.

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Segundo ele, nos primeiros 10 anos a operação do Porto do Açu será por rodovias, mas que espera que a Rio-Vitória seja encarada como prioridade pelo governo nos próximos anos.

“Estamos esperando que essa ferrovia seja prioridade na ANTT. Ela é prioritária não só para o Rio de Janeiro, mas para desengargalar vários pontos”, disse o executivo. “É algo que precisa ser feito para o futuro”, explicou, afirmando que a greve dos caminhoneiros ensinou que não é possível ficar dependente de apenas um modal de transporte para abastecer o País.

Minério de ferro

Magela informou que o terminal de minério de ferro do Porto do Açu ainda está parado e, por este motivo, deu férias coletivas aos empregados. O terminal parou em março depois que a Anglo, fornecedora do minério, teve problemas com o mineroduto que leva o produto até o porto, interrompendo a operação.

“A Anglo pediu força maior”, disse Magela, que informou que está conversando com a empresa sobre a aplicação ou não desse instrumento para justificar a parada de uso do porto.

Segundo ele, enquanto a Anglo não volta às operações a área está sendo utilizada para outras atividades. No ano passado, o Porto do Açu exportou 17 milhões de toneladas de minério de ferro, performance que não será repetida este ano, concordou Magela.