A Rosário não deverá ser o último negócio do qual o braço de farmácias do BTG deverá se desfazer. Segundo fontes de mercado, um dos objetivos de curto prazo da Brasil Pharma seria a venda da Big Ben, considerado o melhor ativo de seu portfólio, com 258 lojas próprias e uma posição forte no Estado do Pará.

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Segundo informações do mercado financeiro, o principal candidato à aquisição seria o Grupo Ultra, dono dos postos de combustíveis Ipiranga, que comprou a principal rival da Big Ben, a Extrafarma, há três anos. A meta de arrecadação com a Big Ben seria de R$ 1 bilhão, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o valor pode acabar sendo mais baixo.

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“Uma das coisas a se pensar é que, por causa da concentração de mercado no Pará, o negócio pode ter dificuldades para ser aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, diz uma fonte.

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Além da Big Ben, restam no portfólio da Brasil Pharma uma rede de médio porte com lojas próprias (a baiana Santana, com 121 unidades) e a Farmais (que tem 424 pontos de venda e funciona no sistema de franquias). Este último ativo é visto como o mais “desafiador” em relação à atração de um possível interessado em comprá-lo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou.

Desempenho

O setor de medicamentos vem sendo considerado um dos destaques de resistência à crise econômica. A líder de mercado, a rede Raia Drogasil, vem crescendo acima de 10% ao ano. No entanto, as bandeiras da Brasil Pharma têm apresentado resultado negativo há vários trimestres.

Entre abril e junho de 2016, as bandeiras da Brasil Pharma tiveram queda de 21,7% nas vendas das lojas em funcionamento há mais de um ano, em relação ao mesmo período de 2015. O prejuízo líquido da operação foi de R$ 87,5 milhões, superando as perdas de R$ 80,1 milhões do mesmo período do ano passado.

Como base de comparação, a Raia Drogasil, teve crescimento de 14,5% nas lojas abertas há mais de 12 meses no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro da companhia foi de R$ 157,1 milhões no período, alta de 44,6% ante 2015.

Relatório divulgado pelo próprio BTG Pactual semana passada, com base em reunião da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), classificou o setor como “muito promissor”, citando tendências como o envelhecimento da população brasileira e a alta das vendas de medicamentos de maior valor agregado.

Procurado, o Grupo Ultra não quis comentar seu interesse pela Big Ben. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.