Protocolo cria gigante da aviação

O protocolo de entendimento assinado entre as duas maiores empresas aéreas nacionais, TAM e Varig, na última quinta-feira, abre caminho para a formação de uma gigante com receita de cerca de US$ 4 bilhões, 218 aeronaves e 26 mil funcionários. Com essa frota, que reúne os 116 aviões do Grupo Varig com os 102 da TAM, a nova companhia estaria quase no mesmo nível da francesa Air France (237 aviões) e à frente da espanhola Iberia (143) e da italiana Alitalia (174). A Air France, porém, alcançou faturamento de US$ 13,6 bilhões em 2002.

Unidas, a TAM e a Varig terão 70% de fatia no mercado da aviação doméstica de passageiros, além de serem as únicas a voar com a bandeira brasileira para o exterior. Se a negociação for bem-sucedida, a nova empresa nascerá com faturamento bruto acima de US$ 4 bilhões, soma das receitas da Varig em 2002 (US$ 2,8 bilhões) com as da TAM (US$ 1,7 bilhão). Esse número a coloca no nível das companhias dos tigres asiáticos, como Korean Airlines, da Coréia do Sul (US$ 4,4 bilhões), e Singapore Airlines (US$ 4,6 bilhões), de Cingapura. A TAM e Varig transportaram no ano passado 29 milhões de passageiros para 135 destinos.

Os números demonstram que o Grupo Varig (que reúne as marcas Varig, Rio Sul e Nordeste) tem mais que o dobro de funcionários da TAM: são 18.293 da Varig contra 7.724 da TAM. Na Varig, são 157 empregados por avião, contra 75 empregados por avião na TAM.

Analistas de aviação afirmam que a Varig tem um número excessivo de empregados e teria obrigatoriamente de fazer ajustes. Em comunicado divulgado ontem, as duas companhias informam que buscarão uma “solução socialmente responsável” para os empregados.

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