As manifestações pela redução da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais foram marcadas por confusões em Curitiba.
Por volta das 5h sindicalistas tentaram impedir que ônibus saíssem das garagens de três empresas. A polícia militar foi chamada e houve confronto entre os manifestantes.
Diversas pessoas ficaram feridas e seis sindicalistas teriam sido presos. A PM confirmou a prisão de quatro pessoas, por desacato e descumprimento de ordem judicial, mas não confirmou feridos.
A expectativa dos organizadores do Dia Nacional de Luta Pela Redução da Jornada de Trabalho em Curitiba Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical era mobilizar perto de dois mil participantes.
Porém pouco mais de 400 acompanharam a passeata, que saiu da Praça Afonso Botelho em direção à Praça Rui Barbosa. Embora os dirigentes sindicais não admitam, a não adesão dos motoristas e cobradores do transporte coletivo teria enfraquecido a manifestação.
O presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka, alegou que durante assembléia em frente às empresas de ônibus os trabalhadores decidiram pela paralisação, mas foram impedidos por representantes do próprio sindicato da categoria. Já o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Denílson Pires, negou a informação, e disse que os manifestantes estavam obrigando os trabalhadores a pararem.
A PM foi chamada para cumprir uma decisão judicial, obtida pela Prefeitura de Curitiba na noite de terça-feira, que previa uma multa de R$ 100 mil à CUT, Força Sindical e outras entidades, caso ocorresse o bloqueio de ônibus em garagens, vias públicas ou terminais. O presidente da CUT do Paraná, Roni Barbosa, disse que as entidades sindicais irão pedir explicações para a Secretaria de Segurança Pública sobre truculência da polícia.
?Não tinha motivo para eles usarem a força, jogarem bomba e agredirem trabalhadores?, falou. De acordo com a assessoria de imprensa da PM foram usadas bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Sobre possíveis excessos, o comando da polícia afirmou que irá investigar, e caso sejam confirmados, os responsáveis serão punidos.
