Foto: Aliocha Maurício |
Produtos que conteriam transgênicos foram apresentados ao público. continua após a publicidade |
Entidades ambientalistas aproveitaram o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor comemorado ontem para fazer um alerta sobre os riscos da liberação do milho transgênico.
Em Curitiba um grupo de pessoas se reuniu na Feira de Orgânicos, no Passeio Público, para conversar com os consumidores. Eles também colheram assinaturas em um abaixo assinado que será encaminhado ao presidente Luis Inácio Lula da Silva para que se posicione sobre os organismos geneticamente modificados.
O presidente do Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor, Sezifredo Paz afirmou que a liberação da comercialização das sementes transgênicas Liberty Link, da Bayer, e Mon 18, da Monsanto, na última semana pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), mostra que a entidade deixou de ser confiável. Segundo ele, isso ficou evidente durante a votação pela liberação dos produtos, pois apesar de receberem pareceres contrários à liberação de órgãos como dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, pesou o interesse econômico na decisão. ?Por isso vamos cobrar que o presidente Lula tome uma posição sobre o assunto, pois enquanto órgãos do seu governo são contra os transgênicos, outros votam a favor?, disse.
De acordo com Paz, as entidades ambientalistas não são contra a engenharia genética, mas não podem defender a forma como isso vem sendo conduzido no Brasil, onde a interesse econômico está acima da saúde da população. Ele acrescentou que esses mesmos milhos liberados no País já foram proibidos no Reino Unido, Áustria França, Grécia, Hungria, Polônia e Suíça. ?Se permitirmos isso seremos submetidos a uma grande pesquisa que essas multinacionais estarão fazendo com os consumidores que consomem esses produtos?, ponderou. Durante a manifestação de ontem o Fórum também estava mostrando uma série de alimentos que foram pesquisados pela Greenpeace e que podem conter elementos geneticamente modificados. Entre eles, óleos de cozinha, chocolates e margarinas.