Prorrogado, de novo, o regime automotivo

 Buenos Aires (AE) – Os governos do Brasil e da Argentina decidiram prolongar por quatro meses o regime que regula o comércio automotivo bilateral. O regime determina o comércio administrado entre os dois países, permitindo que a Argentina exporte para o mercado brasileiro 2,4 vezes o volume que importa das montadoras instaladas no Brasil. Segundo o jornal econômico portenho El Cronista, os dois governos ratificarão esta decisão, por escrito, antes do fim do mês.

Esta é a segunda vez que o atual regime é prorrogado. Originalmente, o regime vencia no dia 31 de janeiro. Mas, diante de uma série de impasses para estabelecer qual seria a Política Automotiva Comum (PAC), os negociadores decidiram prolongar o regime por 60 dias. No entanto, esse prazo está a ponto de vencer, sem que exista consenso entre Buenos Aires e Brasília.

Desta forma, os dois países deixaram de lado o plano de implementar um regime transitório entre os dias 1.º de março e 1.º de julho. A partir desta última data, entrará em vigência a Política Automotiva Comum (PAC).

Embora nos planos originais do Mercosul estivesse previsto o livre comércio automotivo a partir deste ano, o governo do presidente Néstor Kirchner argumenta que isso não será possível a curto ou médio prazo. Kirchner sustenta que o livre comércio só poderá ocorrer quando o fluxo de investimentos provenientes do exterior para o setor automotivo estiver ?equilibrado?. O presidente argentino considera que as montadoras, nos últimos anos, tiveram preferência pelo Brasil. Segundo Kirchner, isso ocorreu pelos incentivos fiscais brasileiros, além do grande mercado consumidor.

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