Propostas para trem-bala vão de R$ 74 mi a R$ 119 mi

Oito consórcios apresentaram propostas na licitação para gerenciar os trabalhos das empresas responsáveis pelo projeto executivo do trem de alta velocidade (TAV, também conhecido por trem-bala) entre Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro. As ofertas variam de R$ 74 milhões a R$ 118,95 milhões.

O menor lance foi do Consórcio Integrador TAV Brasil, do qual participa o grupo francês Egis (com a Egis Structures & Environment e Egis Rail, além da Vega Engenharia e Consultoria, empresa brasileira adquirida em 2011 pelo grupo). Fazem parte do consórcio as francesas Systra e Arep Ville, além das brasileiras Infra Tech Engenharia e Consultoria e Ecoplan Engenharia. A Egis participa da concessionária que administra o aeroporto de Viracopos, em parceria com a Triunfo, e havia indicado interesse em atuar no setor ferroviário no Brasil.

Além do preço, a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) fará a análise da documentação jurídica e técnica encaminhadas, por isso, o vencedor pode não ser necessariamente o que apresentou a menor proposta. A EPL não indicou uma data para a divulgação do vencedor.

Pelo critério preço, o segundo melhor colocado foi o consórcio ProTAV – formado pela Progen Projetos, Gerenciamento e Engenharia, as espanholas Getinsa Ingenieria e Auxitec Técnica y Control e a francesa Rail Concept – que ofereceu R$ 75,95 milhões.

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente da Progen, Eduardo Barella, destacou, antes da licitação, que a companhia era a única empresa brasileira com know-how em gerenciamento de projetos de trem-bala, após ter adquirido, no ano passado, 50% de participação na espanhola AudingIntraesa e sugeriu que poderia ser um diferencial do seu consórcio. Ele lembrou que, entre as exigências do edital, estão a experiência no gerenciamento de projetos de trens de alta velocidade e a participação de uma empresa brasileira no consórcio.

Na terceira colocação, em termos de preço, ficou o consórcio formado pela Geodata do Brasil e sua controladora Geodata Engineering, sediada em Turim, além da italiana Italferr, com uma proposta de R$ 77,297 milhões.

Com oferta de R$ 80,465 milhões, o consórcio Setepla-Themag-Sener ficou com a quarta colocação, seguido pelo consórcio formado pela brasileira Intertechne, a inglesa Mott Mac Donnald, e as espanholas Ardanuy e Eurostudios, com proposta de R$ 83,245 milhões.

Completam a lista o Consórcio Gerenciador TAV-EII (R$ 83,949 milhões), do qual fazem parte a Engevix Engenharia, em parceria com as espanholas Ineco e IDOM, e suas respectivas subsidiárias no País; o consórcio formado pelo grupo espanhol Typsa e sua subsidiária no Brasil Engecorps Enenharia, além da belga TUC Rail, que fez proposta de R$ 97,756 milhões, e o consórcio formado pela brasileira Concremat, em parceria com a norte-americana Parsons, a francesa Setec e sua controlada no Brasil Setec Hidrobrasileira, além da inglesa Balfour Beatty, que fez a oferta mais elevada.

O consórcio vencedor vai gerenciar e integrar os trabalhos das empresas que irão elaborar o projeto executivo para o TAV. Conforme explicou a EPL, por causa da complexidade o projeto da ferrovia, que terá 511 quilômetros, será segmentado para a contratação de várias empresas projetistas.

A licitação é feita pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC), por isso, a EPL não divulga o valor estimado para a contratação.

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