O governo de São Paulo informou nesta quarta-feira, 23, que vai abrir no dia 22 de setembro as propostas da licitação que vai definir o administrador, provavelmente um banco, do fundo de investimento criado como instrumento de venda dos imóveis públicos ociosos do Estado.
Entre imóveis comerciais e residências, além de terrenos, barracões, oficinas e ginásios, o portfólio a ser colocado à venda começa com 267 unidades, avaliadas em R$ 279 milhões, de 57 cidades. No total, o governo estadual tem um estoque de mais de 5 mil imóveis, avaliados inicialmente em R$ 1 bilhão.
O edital do pregão presencial que contratará o administrador da carteira de imóveis será publicado na quinta-feira, 24, no Diário Oficial do Estado.
Durante o anúncio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o Estado constituiu o primeiro fundo imobiliário público do País. Ele destacou que o objetivo é, em primeiro lugar, levantar recursos extras para o governo – reduzindo, ao mesmo tempo, despesas administrativas e de custeio. De outro lado, pretende-se estimular investimentos em prédios que, em muitos casos, estão sujeitos a invasão. O governador citou que esses imóveis – alguns localizados em áreas privilegiadas, como à beira de estradas – podem se tornar centros de logística, shoppings ou mesmo serem transformados em fábricas.
Ao defender o encaminhamento da negociação ao setor privado, Alckmin argumentou que o governo não tem a mesma agilidade da iniciativa privada para vender imóveis. Como exemplo, citou que o Estado conseguiu até agora arrecadar apenas 8% dos R$ 380 milhões que pretendia levantar nos últimos três anos com venda de imóveis.
“Não é expertise do governo fazer isso. Ele nem pode contratar o corretor. O que ele pode é avaliar, publicar um edital e esperar que alguém apareça. Essa não é a forma moderna de comercializar ativos”, comentou o tucano.