A proporção de lojas do varejo com estoques em situação adequada na Grande São Paulo interrompeu o movimento ascendente em outubro, caindo para 54,2%, de 55,3% em setembro, conforme os dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A instituição pondera, contudo, que apesar da queda, a fatia que considera os estoques adequados permaneceu acima dos 50% pelo sexto mês consecutivo. Em outubro de 2016, o porcentual era de 49,6%.

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A FecomercioSP ressalta que, embora a inadequação tenha aumentado entre setembro e outubro, a proporção de estoques abaixo do ideal teve crescimento maior do que a queda da proporção dos estoques acima do adequado. “Elevou um pouco a inadequação geral, mas por bons motivos, já que pode ser resultado de um aumento de vendas.

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Entre os empresários que relataram estoques inadequados, a parcela que avalia que estão acima do ideal caiu 0,4 ponto de setembro para outubro, chegando a 32%. A fatia dos que afirmaram estar com o nível de mercadorias abaixo do adequado aumentou 1,4 ponto, atingindo 13,7%.

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O índice de estoques recuou de 110,7 pontos para 108,5 pontos no período, a partir de uma faixa que varia de zero a 200, em que a marca de 100 pontos caracteriza o limite entre inadequação e adequação dos estoques. Em outubro de 2016, o índice atingira 99,4 pontos.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o IE permanece em um bom patamar diante dos ajustes graduais nos estoques. “Há melhora do cenário econômico, apesar do ambiente político caminhar com mais sobressaltos e a propensão a investir e a empregar segue em crescimento neste fim de ano”, completa.

Para a Federação, o resultado do nível de estoques em outubro aponta para recuperação do varejo paulista, impulsionado pelos avanços da economia no País, que deve se intensificar nos próximos meses com os preparativos para as vendas do Natal.

A FecomercioSP ressalta que o mercado e os investidores estão otimistas para o ano que vem, inclusive com relação aos possíveis desdobramentos eleitorais diante de um ambiente político com mais estabilidade. “Isso tem puxado os preços de ativos (financeiros ou não) para cima e aberto espaço para novas quedas de juros, que irão alavancar as vendas e ajudar o empresário a reduzir eventuais estoques excessivos.”