A liberação de empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevista para este ano é tão grande – R$ 80 bilhões, um recorde – que o banco terá de ?fazer dinheiro? para cumprir o orçamento. Nos cálculos do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, faltam ainda entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. Nada que tire o sono, garante. O banco tem também um arsenal de participações acionárias em carteira que pode ser transformado em recursos adicionais, entre outras alternativas de captação.
Em 2008, o banco de fomento injetará na economia 2,5 vezes o valor desembolsado no primeiro ano de Lula no governo. E pode mesmo superar a previsão. Coutinho acha cedo para rever projeções, mas revela que os projetos já aprovados, ou seja, na fila para a efetivação do financiamento, somam perto de R$ 100 bilhões.
Boa parte desse aumento deve-se ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a principal aposta do governo para firmar posição política e galgar preciosos degraus na escala de popularidade. Outro tanto é conseqüência do bom momento econômico, que tem elevado os investimentos privados. A isso tudo pode-se juntar um adicional dos incentivos do novo modelo de política industrial, já pronto e apenas à espera de divulgação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo