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Projeção para alta do PIB de 2019 segue em 0,9%, diz CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve nesta sexta-feira, 11, sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 em 0,9%. De acordo com o Informe Conjuntural do 3º trimestre, divulgado nesta sexta, o PIB da indústria deverá crescer 0,4% neste ano, igual à estimativa anterior da entidade.

A projeção da CNI para a formação bruta de capital fixo em 2019 também foi mantida, em 2,1%, enquanto a estimativa para a expansão do consumo das famílias neste ano permaneceu em 1,5%.

“A recuperação da economia brasileira é um fato inegável; todavia não há consenso quanto à sua intensidade e extensão. Os dados mais recentes da atividade mostram crescimento no terceiro trimestre: produção e faturamento da indústria registram aumento modesto, enquanto as vendas do varejo mostram maior vigor”, afirma a CNI, no documento.

Ainda assim, para a entidade, o cenário macroeconômico segue positivo e deveria pavimentar o caminho para uma taxa de crescimento maior que a observada. O documento cita a inflação baixa e a evolução positiva das contas fiscais.

Por outro lado, a CNI destaca que há um sentimento crescente de que o processo de aprovação de reformas na economia será mais “demorado e complexo” do que se esperava. A entidade também alerta para os poucos avanços na agenda de redução do chamado “custo Brasil”.

“Mudar essa situação exige medidas urgentes, com reformas estruturais e ações que afetem o ambiente empresarial. É preciso gerar um ‘choque de confiança’ e mudanças no cotidiano das empresas de modo a melhorar a propensão a investir na economia e, consequentemente, gerar mais crescimento”, acrescenta o documento.

Mesmo com o impulso esperado na atividade no quatro trimestre do ano com liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a CNI avalia que o efeito da medida deve ser limitado sobre a atividade industrial e sobre o investimento.

“Há o risco de um cenário externo ainda mais difícil, com destaque para a possibilidade de piora econômica na Argentina, afetando as exportações, o que poderia reduzir o crescimento da indústria de transformação”, completa a entidade.

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