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Projeção do IPCA de 2019 sobe de 3,26% para 3,29% no Focus do BC

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indicador oficial de preços – em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 28, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,26% para elevação de 3,29%. Há um mês, estava em 3,43%. A projeção para o índice em 2020 foi de 3,66% para 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,79%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

No início de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de setembro apresentou deflação de 0,04%. No ano até setembro, a taxa acumulada é positiva em 2,63%.

Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções mais recentes para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 3,3%. No caso de 2020, está em 3,6%.

Top 5

No Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3,28% para 3,31%. Para 2020, a estimativa do Top 5 passou de 3,76% para 3,55%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,37% e 3,73%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,75%, ante 3,80% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 permaneceu em 3,50% , ante 3,75% de quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,26% para 3,29%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 100 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,42%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,65% para 3,59%. Há um mês, estava 3,80%. A atualização no Focus foi feita por 100 instituições.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 4,33% para 4,50%. Para 2020, a mediana foi de alta de 4,11% para 4,10%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,40% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,17% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,5% em 2019 e 4,5% em 2020.

IPCA de outubro

Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o IPCA em outubro de 2019, de alta de 0,10% para elevação de 0,08%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,17%.

Para novembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,25% para 0,34% e, para dezembro, passou de alta de 0,38% para 0,35%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,24% e 0,41%, respectivamente.

No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,49% para 3,55% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,49%.

IGP-M

O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2019 passou de 5,34% para 5,51%. Há um mês, estava em 5,18%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,11% para 4,07%, ante 4,03% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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