O Banco Central (BC) manteve sua projeção de inflação para 2018 no cenário de mercado. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado na manhã desta quinta-feira, 27, este cenário indica um IPCA de 4,1% para este ano. O porcentual é o mesmo verificado na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que saiu na terça-feira (25).

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No RTI divulgado em junho deste ano, o BC projetava alta do índice oficial de inflação de 4,2% pelo cenário de mercado. Para 2019, o cenário de mercado indica que o IPCA ficará em 4,0%, porcentual também igual ao visto na ata. No RTI de junho, a projeção era de 3,7%.

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Já a projeção para o IPCA de 2020, pelo cenário de mercado, diminuiu ligeiramente, de 3,7% projetados em junho para o atual patamar esperado de 3,6%. O documento trouxe, ainda, a primeira previsão oficial da casa para o ano de 2021, período em que o BC estima IPCA de 3,8% nesse cenário.

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O centro da meta de inflação perseguida pelo BC em 2018 é de 4,5%, sendo que há margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (taxa de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,0%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%).

O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão.

Metas

Mantido o juro e o dólar no atual patamar, o Banco Central prevê que a inflação dos anos de 2019, 2020 e 2021 atingirá patamar superior ao centro da meta perseguida pela instituição. A estimativa consta do RTI no chamado cenário de referência, que utiliza câmbio e juros constantes para o horizonte de projeções.

No documento, o BC elevou a previsão para o IPCA de 2019 de 4,1% para 4,5% – número já divulgado na ata da reunião do Copom. O número previsto é superior à meta de inflação do próximo ano que é de 4,25% com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, o que permite índice entre 2,75% a 5,75%.

Para 2020, o cenário se repete. A previsão do BC levando em conta o atual juro e câmbio subiu de 4,1% estimados em junho para 4,2% atualmente. Nesse caso, a meta de inflação é de 4% com igual margem de tolerância. A instituição também publicou pela primeira vez a previsão para o IPCA de 2021, que ficou em 4,2% no mesmo cenário de referência. A meta de inflação para o período é de 3,75% com igual margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual.

No cenário de referência, o único ano com inflação abaixo do centro da meta é de 2018. Apesar de a estimativa ter subido de 4,2% em junho para 4,4% em setembro – dado já divulgado na ata, o número esperado segue abaixo do centro da meta de 4,5%.

Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou a atual Selic de 6,50% ao ano e dólar a R$ 4,15.