A equipe econômica manteve a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 em 1,60%, de acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos divulgada nesta sexta-feira, 21, pelo Ministério do Planejamento. No último Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, a projeção de mercado apontava para um crescimento de 1,36% neste ano.

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Já a projeção do governo para a inflação medida pelo IPCA em 2018 passou de 4,2% para 4,1%. Na última pesquisa Focus, as estimativas dos analistas eram de um IPCA de 4,09% neste ano.

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O Ministério do Planejamento também revisou a projeção para o IGP-DI de 2018, de 7,9% para 8,3%. A estimativa da pasta para a Selic média em 2018 passou de 6,48% para 6,46% ao ano.

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A projeção do governo para o câmbio médio em 2018 passou de R$ 3,59 para R$ 3,65. E a estimativa de alta da massa salarial nominal passou de 4,2% para 3,1% este ano.

Receitas e despesas

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º bimestre divulgado nesta sexta-feira, 21, pelo Ministério do Planejamento, trouxe uma alta de R$ 3,805 bilhões nas receitas totais projetadas para 2018, em relação ao documento do 3º bimestre. Entre as principais novas estimativas sobre a entrada de recursos nos cofres públicos neste ano está o crescimento de R$ 999,7 milhões na arrecadação com o Imposto de Renda, principalmente no tributo retido na fonte em operações com residentes no exterior. Segundo o Planejamento, a elevação da estimativa se deve à alta do câmbio. Pelo mesmo motivo, a projeção de arrecadação com o Imposto de Importação ficou R$ 1,287 bilhão maior.

O dólar valorizado também impacta nas receitas com royalties da exploração do petróleo. A arrecadação de royalties da exploração de recursos naturais deve ser R$ 1,530 bilhão superior ao previsto anteriormente. O relatório de hoje também considera o acréscimo de R$ 1,216 bilhão em demais receitas, como os precatórios não sacados (R$ 929,8 milhões).

Já a previsão de receitas com a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cresceu em R$ 1,375 bilhão, em função da arrecadação acima do previsto em junho e julho.

Por outro lado, a estimativa para a arrecadação líquida do INSS ficou R$ 1,950 bilhão menor, decorrente de uma menor previsão de alta da massa salarial neste ano.

Pelo lado das despesas, a projeção de gastos primários em 2018 caiu R$ 4,296 bilhões. Entre as principais revisões de gastos estão a redução de R$ 1,178 bilhão com benefícios previdenciários, a redução de R$ 1,178 bilhão no gasto com pessoal e um corte de R$ 1,323 bilhão no pagamento de abono e seguro desemprego. Também houve uma redução de R$ 1,374 bilhão na projeção de gasto com subsídios e subvenções neste ano.

Por outro lado, houve uma elevação de R$ 832,9 milhões nas despesas obrigatórias com controle de fluxo, principalmente devido ao reajuste do Bolsa Família, que terá impacto de R$ 586,1 milhões.

Com as mudanças, a projeção de receita primária total de 2018 passou de R$ 1,482 trilhão para R$ 1,485 trilhão, e a receita líquida – livre de transferências – passou de R$ 1,226 trilhão para R$ 1,230 trilhão. Já a estimativa para as despesas primárias neste ano passou de R$ 1,385 trilhão para R$ 1,380 trilhão.