Autoridades do setor elétrico reduziram a projeção da carga de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) neste ano em 914 megawatts médios (MWmed) na segunda revisão quadrimestral da previsão de carga para o planejamento anual da operação, realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A nova carga projetada para este ano, de 66.645 MWmed, corresponde a um crescimento anual de 1,6% em relação a 2017, ante os 3% mantidos anteriormente. Considerando que na revisão quadrimestral anterior, realizada em abril, já havia sido anotada uma baixa na projeção, de 454 MWmed, no total a redução já chega a 1.368 MWmed. O setor iniciou o ano com uma expectativa de expansão da carga da ordem de 3,7%.

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As estimativas de carga para 2019 também foram reduzidas, em 1.079 MWmed, levando a uma previsão de crescimento ligeiramente mais baixa no ano que vem, de 3,7%, índice 0,2 ponto porcentual menor que os 3,9% anteriores.

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Com isso, a taxa média anual de crescimento da carga de energia entre 2018 e 2022 passou a ser prevista em 3,8% ao ano, com redução de 0,1 ponto porcentual em relação aos 3,9% mantidos nas duas projeções anteriores.

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ONS, CCEE e EPE explicam que a revisão foi influenciada pela “reversão brusca das expectativas a partir de maio”, e sua decorrente redução das projeções de crescimento do PIB; pela greve dos caminhoneiros; pela interrupção do processo de redução da taxa de juros, com risco de aumento da Selic; pela situação fiscal “delicada” do País e pela disputa eleitoral, que podem, na visão das entidades, elevar o risco País.

A previsão de crescimento do PIB para 2018 utilizada na atual revisão é de 1,6%, abaixo dos 2,6% utilizados anteriormente. Para 2019 a estimativa é de 2,3%, ante os 2,6% anteriores.