A queda de preços na comercialização de produtos como arroz, feijão e milho, que prejudicou agricultores familiares de oito estados, será compensada pelo Programa Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGAF).
A medida beneficia 7,5 mil pequenos produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Sergipe e Bahia que têm financiamentos de custeio (crédito para custear a produção, como compra de insumos, de máquinas e salários) no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Eles contarão com um desconto na hora de pagar as prestações de empréstimo do Pronaf que vencem do dia 10 de junho a 9 de julho. O PGPAF é uma garantia aos agricultores familiares de que seus financiamentos, no momento de serem pagos aos bancos, terão desconto.
Esse bônus é equivalente à diferença entre o custo de produção (preço de garantia) e o de comercialização (de mercado) – caso este último esteja abaixo do custo de produção.
O diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Luiz Guadagnin, explica como funciona esse desconto para os agricultores.
?Se o custo de produção da safra, por exemplo, é de R$ 53. O preço de mercado está na faixa de R$ 38, R$ 40, portanto, abaixo de R$ 53. Essa diferença, em algumas situações, chega a 30%. Significa dizer que a diferença entre o preço de mercado e o de produção, quem banca é o governo, Assim ele não fica devendo ao banco?.
São amparadas atualmente pelo programa as culturas de arroz, milho, soja, feijão e mandioca, além da atividade leiteira. O produtor que contrata o Pronaf para aquisição de alimentos tem direito a R$ 3,5 mil por ano para ser um utilizado como uma garantia de pagamento do financiamento. Desse recurso é que sai o dinheiro usado para pagar o bônus.
O bônus do programa é calculado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento, que faz uma pesquisa nos lugares em que são vendidos os produtos da agricultura familiar.