Programa de energia deve criar 300 mil empregos

Brasília

– O Programa Luz para Todos deverá criar 300 mil empregos nos próximos 4 anos, além de representar encomendas de 4,6 milhões de postes e 800 mil transformadores, afirmou ontem a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. O objetivo do programa, que já está sendo negociado com os Estados e distribuidoras de energia, é levar eletricidade a todas as casas e estabelecimentos rurais e urbanos do País até 2008, ao custo de R$ 7,4 bilhões.

O governo federal vai fornecer a maior parte do dinheiro a fundo perdido, ficando o restante sob responsabilidade dos governos estaduais e das empresas de energia. “O governo federal vai botar R$ 5 bilhões nisso”, disse Dilma, em exposição à Comissão de Infra-Estrutura do Senado. Atualmente, há 12 milhões de pessoas sem abastecimento de energia, agrupadas em 2,5 milhões de casas e lojas. Até 2006, as distribuidoras de energia terão de oferecer o serviço a pelo menos 1,4 milhão destas unidades.

Ainda no governo Lula deverão ser criados os primeiros 250 mil empregos e feitas as encomendas de 522 mil transformadores e de 3,4 milhões de postes. Segundo Dilma, 90% dos beneficiários têm renda familiar inferior a três salários mínimos e 84% estão na zona rural, sendo metade no Nordeste (54%) e um quarto no Norte (25%). Por isso, essas duas regiões ficarão com a maior parcela da subvenção federal (43% para o Nordeste e 44% para o Norte). O programa garante apenas a instalação da energia. Quem solicitar a ligação pagará as contas de consumo.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães, argumentou que a universalização de energia trará impacto nas tarifas, mesmo com o subsídio de R$ 5,3 bilhões que serão dados pelo governo para a construção das redes elétricas. Segundo Guimarães o programa incorporará um grupo de consumidores não rentáveis ao sistema. Só o aumento dos custos com operação e manutenção poderão elevar as tarifas de 10% a 20% em alguns Estados, disse Guimarães, em um debate sobre o programa no Senado.

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