Os produtores rurais da Argentina decidiram, ontem à noite, pela não continuidade do locaute iniciado na sexta-feira passada, e que vai terminar amanhã. Na próxima semana, porém, o setor vai dar início a um “plano de luta que contempla atos e mobilizações em diversos pontos do país”. O presidente de Confederações Rurais da Argentina (CRA), Mario LLambías, avaliou que a adesão massiva dos produtores ao locaute “foi entendida como uma mensagem de unidade, com o objetivo de que o governo escute e possa encontrar soluções ao conflito”.

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A nova estratégia ruralista terá início na terça-feira, com um desfile de caminhonetes e tratores na Província de Chaco, uma das mais prejudicadas pela estiagem. A carreata vai passar por vários distritos e municípios produtores. Nos dias seguintes, as entidades vão realizar passeatas em distintas capitais até o dia 9 de dezembro, quando pretendem realizar uma grande concentração em frente ao Congresso Nacional, para acompanhar a posse de novos deputados e senadores, no dia 10.

As decisões dos líderes ruralistas foram discutidas durante mais de cinco horas, em assembleia iniciada no fim da tarde e que se estendeu até a noite de ontem. O presidente da Federação Agrária, Eduardo Buzzi, defendia a prolongação do locaute de oito dias, numa proposta apresentada pelas bases no interior do país. “O mal estar entre o pequeno e médio produtor no interior é enorme e todos querem continuar com o locaute”, disse Buzzi. As quatro entidades reunidas na denominada Mesa de Enlace estavam divididas sobre o caminho a seguir na briga que travam com o governo Kirchner há três anos.

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