Produtores de petróleo discutem crise na Arábia Saudita

Tanto consumidores quanto produtores devem tomar medidas para lidar com a atual crise do petróleo. Entre as ações, estão um maior investimento para ampliar a produção e uma melhor regulação sobre o mercado global de petróleo, de acordo com a declaração final de uma reunião de países produtores e consumidores, realizada em Jeddah, na Arábia Saudita, neste domingo (22).

"A situação demanda um esforço concentrado de todas as partes, países produtores e consumidores", sustenta o texto, bastante semelhante a um rascunho vazado anteriormente. O documento lista uma série de pontos importantes para que ocorra maior estabilidade no mercado petrolífero, inclusive a necessidade de investimentos nos países produtores, para evitar problemas que impediram o desenvolvimento de novos campos.

As reservas

Quantidades armazenadas para uma eventual crise no suprimento também diminuíram muito nos últimos anos. A declaração final da reunião cita também a importância dessas reservas para "a estabilidade do mercado global de petróleo". O rei Abdullah confirmou que a Arábia Saudita aumentará sua produção diária para 9,7 milhões de barris. O aumento, de 200 mil barris por dia, pode trazer algum alívio para os preços do setor energético.

Posteriormente, o ministro do Petróleo saudita, Ali Naimi, afirmou que o país está pronto para ampliar em outros 2,5 milhões de barris por dia sua produção, caso os consumidores necessitem. O país já tinha planos para elevar sua capacidade até o fim de 2009 para 12,5 milhões de barris diários. Com os últimos anúncios, essa quantidade pode chegar a 15 milhões de barris por dia nos próximos anos.

O rei Abdullah atribuiu os altos preços de petróleo aos especuladores, aos altos impostos sobre combustíveis nos países consumidores e ao aumento da demanda nos países em desenvolvimento.

A posição dos Estados Unidos sobre o tema é diferente. No sábado (21) o secretário de energia dos EUA, Samuel Bodman, afirmou que a alta do petróleo se deve à insuficiência da produção e não aos movimentos especulativos. Bodman disse que a produção de petróleo ainda não acompanha a crescente demanda, especialmente por parte de países em desenvolvimento, como China e Índia. O secretário declarou que os mercados de commodities experimentaram um imenso afluxo de dinheiro dos investidores financeiros nos últimos anos. Mas que eles apenas têm seguido a alta do mercado e não causaram a elevação dos preços.

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