Reunidos hoje à tarde em Porto Alegre, produtores de arroz pediram aos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário crédito emergencial de R$ 2,5 mil por hectare perdido com as chuvas no Rio Grande do Sul e abatimento de dívidas de custeio e investimento. A Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz) estima que aproximadamente 70 mil hectares foram perdidos com as chuvas.
Os agricultores reivindicam abatimento de 50% nos financiamentos de investimento, no caso daqueles que perderam até metade de sua área semeada. Nos contratos de custeio, pedem redução proporcional aos prejuízos na lavoura.
O presidente da Federarroz, Renato Rocha, disse que o setor terá uma audiência com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, na próxima semana para receber a resposta do governo.
Na reunião, dez produtores de Restinga Seca, Agudo e Cachoeira do Sul apresentaram um relato dos problemas causados pelas chuvas. Em alguns casos, apesar de terem replantado a área mais de uma vez, não será possível produzir porque o trabalho foi destruído por novas chuvas, explicou o dirigente.
A Emater informou hoje, em relatório da agropecuária gaúcha, que os últimos dias foram de reconstrução de canais, taipas e vias de acesso para os produtores atingidos pelas chuvas. Nos demais casos, os agricultores priorizaram o manejo e combate de pragas.
Em alguns casos, a baixa insolação torna o desenvolvimento da safra apenas regular, comentou o órgão, mas há tempo para a recuperação. A safra tem 15% da área em fase de floração e 5% em enchimento de grãos. O Instituto Riograndense do Arroz estima a área semeada em 1,073 milhão de hectares.