A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, afirmou que a produção segue em linha com a meta para 2018. No segundo trimestre, foram extraídos 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), mesmo volume do primeiro trimestre.
Entre os destaques operacionais, foram destacados a entrada em operação do primeiro sistema de produção na área de cessão onerosa, a P-74, no campo de Búzios, além de um novo sistema de produção na Bacia de Campos, com o FPSO Cidade Campos dos Goytacazes, no campos de Tartaruga Verde.
Solange Guedes ainda mencionou no segmento operacional a renovação da concessão de Marlim Sul e o aumento da recuperação de 5% no campo de Roncador, a partir da parceria firmada com a Equinor (ex-Statoil), modelo de negócios que deve ser replicado em outros projetos.
Desde 2017, a Petrobras aumentou em 31% sua área exploratória. A diretora, em sua apresentação durante entrevista com a imprensa para apresentar o resultado financeiro do segundo trimestre deste ano, destacou “a melhora do perfil exploratório nos últimos leilões”.
Entre as descobertas, o destaque do período foi o campo de Sururu, onde foi encontrada coluna de óleo de 530 metros, ao passo que a média do pré-sal é de 436 metros.
Expectativas
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras informou que apesar da produção da estatal este ano fechar em linha com o que foi programado, a entrada de novas plataformas ao longo do segundo semestre deverá mostrar um salto relevante em relação ao ano passado no quarto trimestre.
Para este ano, a previsão é de se alcançar uma média de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia, disse Guedes.
“Para este ano nós estamos planejamento ficar em linha com o que anunciamos, nós temos expectativa de ter um acréscimo relevante no segundo semestre deste ano, já com unidades que estão entrando e também uma parte da P-74”, disse a executiva referindo-se à plataforma recebida no início do ano para produção no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos, uma das grandes apostas da Petrobrás.
Búzios é um dos campos cedidos à companhia pelo governo em 2010 em troca de ações da estatal, a chamada cessão onerosa.
“A gente tem uma prática e experiência grande em interligar rapidamente os poços, a expectativa é que de um crescimento da produção forte notadamente no quarto trimestre”, afirmou Solange Guedes.
Já para 2019 a executiva não quis fazer previsões, apesar da entrada em operação de plataformas que chegam, este ano ao Brasil. “Estamos fechando o Plano de Negócios 2019 e 2023, estão sendo definidos nesse processo e, assim que ficarem prontos, serão anunciados.”
Mercado de diesel
O mercado de diesel será mais competitivo no segundo semestre do que nos primeiros seis meses do ano, previu o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino. Segundo ele, os agentes de mercado levaram algum tempo para entender as regras da subvenção ao diesel anunciada pelo governo até o final do ano. Para ele, a tendência é que as importações do produto por terceiros aumente daqui pra frente e, com isso, a competitividade do mercado.
“Acreditamos que no 2º semestre os agentes que importam diesel estarão mais competitivos”, disse Celestino durante a sessão de perguntas após a apresentação do balanço da companhia referente ao segundo trimestre do ano.
Ele afirmou que a Petrobras deverá continuar com um bom posicionamento no mercado do combustível. Segundo Celestino, além das importações, a Petrobras aumentou a utilização das suas refinarias. “Estamos operando com 81% da capacidade e pretendemos subir um pouco”, disse o executivo.