A produção nas refinarias da Petrobras atingiu 1,765 milhão de barris por dia (bpd) no segundo trimestre de 2019, queda de 4,1% na comparação anual, mas alta de 1,4% frente ao trimestre imediatamente anterior. O recuo reflete, entre outros fatores, paradas de manutenção em alguns segmentos e queda de demanda.
Na comparação trimestral, entretanto, o avanço refletiu as menores paradas de manutenção, além do crescimento da demanda no intervalo de tempo. A maior demanda, por sinal, levou a Petrobras a elevar o fator de utilização das unidades de destilação, passando de 75% nos primeiros meses deste ano para 76% no segundo trimestre.
No caso do diesel, a estatal apontou queda de 3,9% na produção na comparação anual, para 720 mil barris por dia, por causa das maiores paradas, sobretudo em unidade de hidrotratamento, craqueamento e coque. Na comparação trimestral, a produção aumento 5,9%. “Esse crescimento nos permitiu suprir integralmente o aumento da demanda, consequentemente reduzindo a importação de diesel no período”, destacou a estatal. Já as vendas de diesel foram de 732 mil bpd, alta de 4,9% no trimestre e de 3,3% no ano – este último, favorecido pelo efeito da greve dos caminhoneiros, de maio, no segundo trimestre de 2018.
A empresa destacou ainda que perdeu parte do seu market share em diesel no período, que foi de 84,2% para 82,7%,
Gasolina
No trimestre, a produção da gasolina permaneceu estável em relação aos primeiros meses do ano, em 388 mil barris por dia, mas caiu 5,6% na comparação anual, frente a menor demanda no mercado, disse a estatal. Já as vendas fecharam em 367 mil bpd, queda de 12,4% no ano, sobretudo por causa da perda de participação do combustível contra o etanol hidratado em veículos flex.
“Adicionalmente, ocorreu aumento das importações por terceiros, redução da frota de veículos movidos somente a gasolina e aumento de eficiência de motores na frota total, ocasionando a queda do market share para 79,7% no 2º trimestre”, apontou a empresa.