A produção brasileira de alimentos deve manter o ritmo de crescimento médio de 4% ao ano nos próximos 10 anos, segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. “Nada indica que esse crescimento não vai continuar nos próximos dez anos no mesmo nível”, considerou. Para ele, a taxa pode ser considerada positiva, já que a perspectiva é de que a economia internacional não crescerá a patamares que chegam sequer à metade dessa projeção para a agricultura.

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Assim, segundo Stephanes, quem ditará a capacidade de produção brasileira será o mercado externo, ainda que esteja previsto o aumento da demanda interna. Para ele, 75% desse crescimento estará baseado no aumento da produtividade, enquanto os demais 25% devem ser provenientes da incorporação de novas áreas. “Em primeiro lugar, teremos a recuperação de áreas degradadas e a utilização de áreas de pastagens”, citou.

O ministro disse também que é preciso melhorar o manejo da pecuária. “A pecuária caminha cada vez mais para uma produção intensiva ou semi-intensiva. Em consequência disso, haverá liberação de grande quantidade de terras”, salientou. Ele acrescentou que espera crescimento das áreas utilizadas para a produção agrícola na região do Matopiba (área formada por parte dos Estados de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia).

Centro-Oeste

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A região Centro-Oeste deve ser a que apresentará maior crescimento da atividade agrícola nos próximos 10 anos, segundo perspectiva do Ministério da Agricultura. “A região tem espaço suficiente, água suficiente em determinados períodos do ano e condições de armazenagem dessa água”, pontuou Stephanes. “É provável que o Centro-Oeste caminhe cada vez mais nesta direção à medida que se tenha mercado e preço para estes produtos”, acrescentou.

O ministro mostrou-se confiante em relação à melhoria dos preços dos produtos agrícolas no futuro. Segundo ele, há várias razões para acreditar nessa possibilidade, como o fato de 1 bilhão de pessoas no mundo ainda viverem em estado de pobreza e que devem entrar no mercado de consumo nos próximos anos. “Deve haver também o aumento da renda das pessoas com consequente elevação do consumo de proteínas mais nobres”, disse.

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Stephanes citou também a perspectiva de crescimento da população mundial bem como o envelhecimento da população. “E os estoques mundiais são relativamente pequenos. O mundo não está pensando ainda em segurança alimentar”, considerou.