A produção da indústria brasileira continuou a crescer em todas as regiões em agosto, informou ontem o IBGE. Em relação ao mesmo mês do ano passado, as indústrias de Santa Catarina (20,7%), São Paulo (19,8%), Ceará (19,3%), Paraná (18,8%) e Rio Grande do Sul (13,2%) apresentaram crescimento superior ao do total do Brasil. Na segunda-feira, o IBGE divulgou que a expansão da produção industrial foi de 13,1% em agosto, em todo o País.
Nas outras regiões, os resultados foram os seguintes: Amazonas (11,3%), Pará (10,2%), Minas Gerais (9,6%), região Nordeste (8,9%), Pernambuco (8,2%), Bahia (7,1%), Espírito Santo (5,0%), Rio de Janeiro (4,4%) e Goiás (3,0%).
No índice acumulado dos primeiros oito meses do ano, as taxas positivas também alcançaram todas as áreas pesquisadas. Os maiores aumentos de produção no setor industrial foram registrados no Amazonas (13,9%), com destaque para a produção de eletroeletrônicos e de telefones celulares; em São Paulo (12,4%), mantendo uma seqüência de oito taxas positivas, sustentada, sobretudo, pela produção dos setores automobilístico e de material eletrônico e equipamentos de comunicações; e em Santa Catarina (11,3%), impulsionada, principalmente, pelo aumento na produção de alimentos e de eletrodomésticos.
Com aumentos superiores aos 8,8% observados no total do País, situaram-se Pará (9,1%) e Bahia (8,9%). Os demais locais registraram os seguintes resultados: Ceará (8,3%), Rio Grande do Sul (8,2%), Paraná (7,8%), Pernambuco (6,9%), região Nordeste (6,3%), Goiás (5,3%), Minas Gerais (4,1%), Espírito Santo (3,9%) e Rio de Janeiro (0,7%).
A evolução regional do acumulado nos últimos 12 meses confirmou a generalização do crescimento da atividade industrial, já observada em nível nacional, com destaque para Santa Catarina (de 3,2% em julho para 5,9% em agosto) e São Paulo (de 6,8% para 8,8%). Das quatorze áreas pesquisadas, apenas Espírito Santo (2,1%) e Goiás (4,3%) não apresentam variação no ritmo deste indicador entre julho e agosto.
Paraná
Em relação a agosto do ano passado, a produção industrial paranaense (18,8%) assinalou sua taxa mais elevada desde janeiro de 2001 (22,7%), com 10 segmentos influenciando positivamente o resultado global. No conjunto dessas atividades, quatro delas foram responsáveis pela maior parte do crescimento da taxa industrial este mês. A maior pressão positiva veio de veículos automotores (71,0%). O segundo ramo mais influente foi o de edição e impressão (121,7%), seguido de máquinas e equipamentos (29,2%) e alimentos (8,3%), No grupo das atividades com queda, vale destacar outros produtos químicos (-16,9%), ramo de maior pressão negativa sobre a taxa geral.
Quanto à produção acumulada no ano, o índice de 7,8% reflete o desempenho positivo de 10 ramos, com veículos automotores (43,2%) influenciando em maior medida a taxa global. No entanto, dois outros ramos devem ser destacados, em face da sua importância na estrutura industrial do Estado: máquinas e equipamentos (25,0%) e madeira (23,9%). Em sentido oposto, refino de petróleo e produção de álcool (-21,0%) atuou negativamente. Nos últimos doze meses, a produção industrial do Paraná avançou 7,3%.
Exportações do PR ultrapassam total de 2003
Até setembro, as exportações paranaenses superaram as vendas internacionais do Estado registradas em 2003. Em nove meses, o Paraná comercializou US$ 7,39 bilhões, contra US$ 7,15 bilhões em todo o ano passado. De janeiro a setembro deste ano, o saldo da balança comercial cresceu 53,8%, atingindo a marca de US$ 4,45 bilhões. Em 2003, o superávit dos primeiros nove meses ficou em US$ 2,89 bilhões. Quando comparado com o saldo anual de 2003 (US$ 3,67 bilhões), o crescimento é de 21%.
Somente nos primeiros nove meses, o Paraná exportou US$ 1,97 bilhão a mais em relação ao mesmo período de 2003. Além do crescimento de itens tradicionais da pauta de exportação (complexo soja, milho e carnes), houve a inclusão de novos produtos que não foram exportados em 2003 e a substituição de outros, com menor valor agregado. Esta mudança acrescentou US$ 106 milhões na pauta de exportação, com a inclusão de 623 itens. Os destaques ficaram com trigo (US$ 36,5 milhões), tratores (US$ 19 milhões), laminados de ferro (US$ 14 milhões) e equipamentos de telefonia (US$ 7 milhões).
No período, houve a consolidação da China como principal parceiro comercial do Paraná. Até setembro de 2003, os chineses compravam US$ 629,5 milhões em produtos paranaenses. No mesmo período de 2004, as exportações do Paraná ficaram em US$ 1,02 bilhão, registrando um crescimento de 61,63%. Apesar da liderança chinesa, os EUA continuam como forte parceiro comercial do Estado, mas agora em segundo lugar. Neste ano, o Paraná vendeu US$ 947,8 milhões aos norte-americanos, contra US$ 762,9 milhões em 2003.
