Produção industrial tem maior crescimento em quase dois anos

Brasília – A produção industrial brasileira em abril teve crescimento de 6% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o melhor resultado desde junho de 2005. Em relação ao mês anterior, a produção de abril caiu 0,1%.

Com o resultado, a indústria acumula alta de 4,3% no nos quatro primeiros meses deste ano, contra 3,8% no ano passado. Em abril, a principal alta foi no setor de bens de capital, principalmente máquinas para empresas, computadores e tratores. Na comparação com abril do ano passado, bens de capital apresentou um aumento de 17,4%, contra a média industrial de 6%.

De acordo com o IBGE, a taxa de ?0,1% em abril "é resultado de um equilíbrio entre os 23 setores com séries ajustadas sazonalmente?. Doze deles expandiram sua produção e onze apresentaram queda. Entre as indústrias que tiveram resultados negativos, o principal impacto veio de alimentos (-1,9%). Segundo o economista André Macedo, um dos coordenadores da pesquisa, apesar desse impacto negativo, o setor de alimentos vem de cinco resultados positivos, que possibilitaram um ganho de 4,8% nesses cinco meses anteriores.

?Vale destacar aqueles alimentos que têm um viés para o mercado externo, como os derivados da soja e o açúcar, que estão favorecidos pela sua alta de seus preços no mercado internacional. E também alguns alimentos voltados para o mercado interno, beneficiados pela massa de salários nos últimos meses?, explicou Macedo.

Entre os outros produtos que foram prejudicados, estão perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-5,7%), material eletrônicos e equipamentos de comunicação (- 3,4%) e refino e produção de álcool (?1,2%). Por outro lado, as maiores pressões positivas ficaram por conta de produtos químicos (2,3%) e bebidas (4,3%). ?Esses dois setores assinalam resultados positivos, com claro destaque para o setor de produtos químicos, principalmente ligados ao setor agrícola, como adubos e fertilizantes?, avaliou o economista.

Ainda na comparação com março de 2007, três das quatro categorias de uso apresentaram queda na produção: bens de consumo duráveis (-1,4%), bens de capital (-1,2%) e bens intermediários, como minério e petróleo, (-0,6%).

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