Os dados de maio da produção industrial brasileira “confirmam sinais de recuperação gradual da indústria”, observou hoje a economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes. Segundo ela, a indústria chegou em maio a um nível de produção similar ao de junho de 2006. Em abril, estava ainda no nível de produção de abril de 2005, sendo que no auge dos efeitos da crise sobre o setor, em dezembro do ano passado, a indústria havia recuado ao nível de 2004. “O mais importante agora é manter a continuidade no crescimento”, disse.
Setores
A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) subiu 0,7% em maio ante abril, segundo o IBGE. Além disso, a queda de 2,4% nessa categoria no acumulado dos últimos 12 meses até maio é a primeira apurada nesse indicador desde outubro de 2003.
Já maior alta entre as categorias de uso pesquisadas pelo instituto para cálculo da produção industrial, em base mensal de comparação, foi registrada em bens de consumo duráveis, com avanço de 3,8%. Ainda na relação de maio ante abril, houve alta também em bens intermediários (1,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (1,3%).
Porém, ante maio de 2008, todas as categorias registraram queda na produção: bens de capital (-22,8%); bens intermediários (-13,8%); bens de consumo duráveis (-13,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (-1,8%).
Veículos
A produção de veículos automotores (automóveis, autopeças, caminhões) subiu 2% em maio ante abril e, na comparação com maio do ano passado, houve queda de 17,6%. A economista da coordenação de indústria do IBGE disse que a desoneração de impostos e as promoções continuam impulsionando esse segmento nos dados comparativos ao mês anterior e a produção de veículos automotores já acumula uma expansão de 64,9% até maio, comparativamente ao fundo do poço de dezembro do ano passado, puxada sobretudo pela produção de automóveis.