A produção industrial do Paraná apresentou queda de 1,6% no primeiro semestre de 2002. Embora no acumulado do ano a indústria paranaense ainda apresente redução, o setor voltou a registrar variação positiva (de 0,1%) nos últimos doze meses, com o avanço de 1,7% em junho sobre junho do ano passado. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal divulgada ontem pelo IBGE, oito das doze áreas pesquisadas apresentaram redução nos primeiros seis meses do ano.
As únicas regiões com crescimento no primeiro semestre foram: Rio de Janeiro (8,1%), Espírito Santo (4,0%), Rio Grande do Sul (3,6%) e região Sul (1,3%), todas com desempenho superior à média da indústria brasileira (-0,1%). O comportamento positivo destas indústrias foi impulsionado pela extração de petróleo e gás natural e a fabricação de produtos destinados à exportação e/ou associados à agroindústria – celulose, colheitadeiras, tratores agrícolas, fumo em folha beneficiado, aves abatidas e carne de suíno congelada.
Já as indústrias de Pernambuco (-8,6%), região Nordeste (-5,7%), Bahia (-5,3%), Minas Gerais (-3,9%), São Paulo (-2,8%), Paraná (-1,6%), Ceará (-1,3%) e Santa Catarina (-1,0%) terminaram o primeiro semestre de 2002 em queda, influenciadas pelas pressões negativas, principalmente, nos ramos alimentar (Pernambuco e Nordeste), metalúrgico (Bahia e Minas Gerais) e de material elétrico e de comunicações (São Paulo, Paraná, Ceará e Santa Catarina). Com exceção da Bahia e Santa Catarina, nos demais estados o ritmo da atividade fabril foi mais acelerado no segundo trimestre de 2002.
Junho
No comparativo junho 02/junho 01, cinco áreas aumentaram a produção com taxas acima da média nacional (0,7%): Espírito Santo (15,8%); Rio de Janeiro (11,0%); Ceará (8,5%), Rio Grande do Sul (2,9%) e Paraná (1,7%). A produção da região Sul ficou estável, enquanto nas outras seis regiões houve retrações: Pernambuco (-9,2%), Bahia (-6,0%), Santa Catarina (-5,3%), São Paulo (-3,6%), região Nordeste (-3,4%) e Minas Gerais (-0,7%).
No indicador de junho, onze dos dezenove setores pesquisados no Paraná tiveram taxas positivas em relação ao mesmo mês de 2001. Os gêneros que mais contribuíram para a formação da taxa global foram: produtos alimentares (6,7%), material de transporte (36,9%) e mecânica (21,7%), sendo os principais itens responsáveis por essas performances, respectivamente, açúcar cristal, caminhões e colheitadeiras agrícolas. Por outro lado, as principais contribuições negativas para o índice paranaense foram: material elétrico e de comunicações (-54,9%) e madeira (-22,4%), pressionados, principalmente, pelo recuo na fabricação de fio, cabo e condutor de cobre e madeira compensada.
Região Sul
A produção da região Sul ficou estável na comparação frente a junho de 2001, mas expandiu 1,3% nos acumulados de janeiro a junho e em doze meses. De acordo com o IBGE, o crescimento nulo de junho se deve ao fraco desempenho de material elétrico e de comunicações (-27,3%), por conta da baixa produção de fio, cabo, e condutor de cobre. Mas entre os ramos que aumentaram a produção, o destaque foi produtos alimentares (6,5%), particularmente influenciado pela maior produção de açúcar refinado e carne de suíno.