Apesar de ter experimentado taxa praticamente estável (-0,1%), o Paraná esteve entre os cinco estados ou regiões pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde a produção industrial foi reduzida de outubro para novembro do ano passado.
Na comparação entre os meses de novembro de 2009 e 2008, o índice foi positivo, em 4,9%, ligeiramente abaixo da média nacional, de 5,1%. Já os índices acumulados ficaram em -4,3% de janeiro a novembro e -4,4% em 12 meses.
As desacelerações são menores que as médias nacionais, de -9,3% e -9,7%, respectivamente. Os números foram divulgados ontem pelo órgão federal. A taxa quase estável de novembro frente a outubro veio após um avanço de 9,5% naquele mês, frente a setembro.
Já a chamada média móvel trimestral cresceu 1,4% em novembro, mantendo uma tendência de alta que já vinha acontecendo desde julho. Nesse período, a expansão acumulada foi de 7,3%. Já nas comparações com os mesmos meses de 2008, o aumento detectado na indústria paranaense em novembro foi o segundo consecutivo.
O avanço de 4,9% em relação a novembro de 2008 foi garantido por aumentos na produção em oito dos 14 setores da indústria paranaense pesquisados pelo IBGE.
Edição e impressão foi o que exerceu o maior impacto no índice, com uma taxa de 60,9%, puxada pela maior produção de livros, brochuras ou impressos didáticos e paradidáticos.
Em seguida, veio o segmento de máquinas e equipamentos, com 11,6%, resultado principalmente da produção de refrigeradores ou congeladores para uso doméstico.
A maior fabricação de adubos ou fertilizantes levou o setor de outros produtos químicos a ter um crescimento de 40,5% e ser responsável pelo terceiro maior impacto positivo do mês.
Por outro lado, diminuições nas produções de óleo de soja refinado e caminhões pesados levaram às principais quedas, que aconteceram respectivamente nos setores de alimentos (-5,1%) e veículos automotores (-5,2%).
Na queda no índice acumulado de janeiro a novembro, os índices negativos aconteceram em 10 das 14 atividades. A que teve mais peso no índice geral aconteceu no setor de veículos automotores, que teve a produção reduzida em 31,8%, principalmente em caminhões pesados e caminhões-tratores.
As outras duas principais influências na queda vieram dos segmentos de máquinas e equipamentos (-14,7%) e alimentos (-5,0%), que reduziram especialmente a produção de máquinas para colheita e óleo de soja refinado. A maior influência positiva veio do setor de edição e impressão, que cresceu 76,7%.
Positivo
Para o pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) Fernando Lima, o resultado de novembro deve ser visto como positivo.
De acordo com ele, mesmo havendo queda em setores importantes, como alimentos e refino de petróleo e álcool explicada, segundo ele, por efeitos sazonais, a recuperação da indústria paranaense não foi afetada, já que houve crescimento na comparação com novembro de 2008.