Produção industrial do Paraná sofre nova queda

As outras onze regiões apresentaram índices positivos e o resultado foi o crescimento nacional de 3,8%. Com o resultado de agosto, a produção industrial do Paraná acumula no ano crescimento de 5,2% – acima da média nacional de 4,3% – e, nos 12 meses, alta de 8,2% – acima da média brasileira de 5,1%.

A queda na produção de agosto foi maior do que a registrada em julho (-0,5%). O principal impacto negativo veio de máquinas e equipamentos (-27,1%). ?Houve uma menor produção de bens de capital para a agricultura, como máquinas para colheita e tratores, ainda como reflexo da quebra de safra?, apontou a economista Denise Cordovil, da Coordenação da Indústria do IBGE. A indústria de alimentos (-6 %) apresentou a segunda maior pressão negativa sobre a taxa global, com forte impacto da queda na fabricação de tortas e bagaços da extração de óleo de soja e açúcar cristal. O segmento de madeira (-20,7%) é outro que não vem repetindo o desempenho do ano passado, quando se beneficiou da conjuntura favorável do mercado externo.

Já os setores que mais contribuíram positivamente para o índice foram celulose e papel (com crescimento de 10,7%) – por conta da produção de celulose -, veículos automotores (4,1%), com crescimento na produção de automóveis, e edição e impressão (7,3%), por conta dos livros, brochuras e impressos.

Acumulado

No acumulado do ano, o resultado apresentado em agosto (5,2%) revela que a produção industrial do Paraná está em desaceleração. Em junho, o acumulado era de 8% e, em julho, de 6,7%. O desempenho de agosto deve-se, principalmente, a veículos automotores (crescimento de 24,7%), refino de petróleo e produção de álcool (22,2%) -, por conta da produção de óleo diesel e gasolina -, e edição e impressão (32,5%) – produção de livros e jornais. Na outra ponta, as maiores pressões negativas vieram de outros produtos químicos (-25,9%) e madeira (-9,0%), refletindo, respectivamente, a menor produção de adubos e/ou fertilizantes e madeira compensada.

O indicador acumulado nos últimos doze meses também acentua a trajetória de desaceleração no ritmo de crescimento, uma vez que até junho a taxa foi de 10,5%, passando para 10,3% em julho e atingindo 8,2% em agosto.

No País

Conforme o levantamento do IBGE, Amazonas e Bahia registraram as maiores taxas de expansão em agosto, ambas com um percentual de 10,4%. Outros locais com crescimento acima da média nacional, de 3,8%, foram: Goiás (5,0%), São Paulo (4,8%), Minas Gerais (4,7%) e Pernambuco (4,4%). Apenas três locais registraram queda na produção em agosto: Ceará (-2,2%), Paraná (-3,4%) e Santa Catarina (-4,7%).

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