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Indústria paranaense ensaia recuperação na produção. |
A produção das indústrias do Paraná teve em outubro um crescimento de 2,3% sobre setembro, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. O resultado foi o segundo melhor no País, ficando atrás apenas de Goiás, que apresentou aumento de 5,1%. A taxa também foi quase três vezes maior que a média brasileira, calculada em 0,8%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a expansão das indústrias paranaenses foi de 2,8%.
A pesquisa revela que os setores que mais cresceram no Estado foram o de alimentos, que teve aumento de 21,1% na atividade, e o de edição e impressão, com avanço de 34,3%. Por outro lado, a produção de veículos apresentou a maior queda (-25,5%).
Para o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Jacir Bergmann II, a reversão dos resultados da produção industrial no Estado tem como pano de fundo as políticas de incentivo ao desenvolvimento econômico do governo do Paraná. O secretário destaca principalmente a redução de impostos, como nas transações dentro do Estado.
Bergmann II lembrou também que, desde 2003, 132 mil microempresas estão isentas do pagamento do ICMS e que outras 35 mil tiveram redução nas alíquotas do imposto. Além disso, o programa Bom Emprego – de atração de ampliação de investimentos industriais – já atende 96 empresas, com dilação de recolhimento do imposto, benefícios que somam quase R$ 3 bilhões.
Agropecuária
O Brasil continua tendo o maior rebanho comercial do mundo, com 207,16 milhões de cabeças em 2005, crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior. Esse resultado marca uma nova desaceleração para os níveis da década de 90, quando o rebanho cresceu em média 1,4% ao ano.
De acordo com o gerente de Pecuária da coordenação de Agropecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira, a desaceleração se deveu a fatores como migração da atividade de pecuária para soja e mais recentemnte para cana-de-açúcar.
Problemas sanitários, como a febre aftosa, que provocaram restrições às importações da carne brasileira em alguns países, como a Rússia, e o real valorizado frente ao dólar reduziram a competitividade das exportações brasileiras e ainda a rentabilidade para o produtor.
Os dados fazem parte da pesquisa agropecuária, divulgada ontem pelo IBGE, realizada em 5.554 municípios em 2005. (AEN e agências)
Produção cresceu em seis de 14 locais pesquisados
Rio (AE) – A produção da indústria cresceu em seis dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em outubro ante setembro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com outubro do ano passado, houve crescimento em 13 dos 14 locais pesquisados. Desde maio do ano passado não havia crescimento em tantos locais na comparação ante igual mês do ano anterior.
Ante setembro, na série com ajuste, os crescimentos ocorreram em Goiás (5,1%), Paraná (2,3%), Rio de Janeiro (1,7%), São Paulo (1 5%), Pernambuco (0,6%) e região Nordeste (0,5%). A média nacional de expansão em outubro ante setembro, segundo divulgou o IBGE na semana passada, foi de 0,8%. As regiões de Santa Catarina (-0,4%), Minas Gerais (-0,6%), Ceará (-0,9%), Bahia (-1 0%), Espírito Santo (-1,3%), Pará (-1,4%), Rio Grande do Sul (-2 8%) e Amazonas (-4,6%) tiveram queda na produção de setembro para outubro.
Na comparação com outubro do ano passado – cujo indicador para o total do país ficou em 4,8%, segundo divulgação da semana passada -, os índices regionais de produção industrial foram positivos em todos os locais, à exceção do Amazonas (-8,1%). Ceará (12,4%) e Pernambuco (11,2%) foram os únicos locais com taxas a dois dígitos. Pará (9,7%), Espírito Santo (9,1%), região Nordeste (6,0%), São Paulo (5,9%) e Goiás (5,6%) também registraram avanço na produção, acima da média nacional. Os demais resultados foram: Minas Gerais (3,5%), Paraná (2,8%), Bahia (2,3%), Santa Catarina (1,6%), Rio Grande do Sul (1,5%) e Rio de Janeiro (0,9%).