A produção industrial do Paraná cresceu 6,4% em outubro, comparado ao mesmo mês do ano passado, ficando abaixo da média nacional de 8,9% apontada pela pesquisa mensal do IBGE. Nesse tipo de comparação, é o terceiro resultado positivo consecutivo do Estado – em agosto, o crescimento foi de 3,2% e em setembro, de 9,6%. O indicador acumulado de janeiro a outubro foi o maior do ano (0,9%), mas inferior à média nacional (1,9%). Até setembro, o Paraná registrava avanço de 0,2%. Nos últimos doze meses, a produção da indústria paranaense aumentou 0,5%.

Dez das doze áreas pesquisadas tiveram expansão em outubro. Espírito Santo (22,2%), Rio de Janeiro (20,2%), Pernambuco (12,9%) e Minas Gerais (9,0%) se destacaram com taxas superiores à média nacional. Também cresceram Rio Grande do Sul (8,1%), Paraná (6,4%), região Nordeste (5,8%), São Paulo (5,0%), região Sul (4,4%) e Ceará (0,2%); enquanto Santa Catarina (-4,7%) e Bahia (-1,3%) tiveram queda na produção.

De acordo com a análise do IBGE, o desempenho positivo em outubro é reflexo de dois fatos. O primeiro é a fraca base de comparação, já que em outubro de 2001 os resultados da indústria brasileira foram influenciados por vários problemas, como o racionamento de energia e a desaceleração da economia mundial. O segundo é o bom desempenho dos setores produtores de petróleo, gás e seus derivados, da agroindústria e de outros voltados para o mercado externo, que vêm sustentando o ritmo da produção industrial neste ano.

Paraná

Dezoito dos dezenove gêneros pesquisados no Paraná tiveram incremento na produção em outubro. A única influência negativa veio do segmento madeira (-12,3%), devido ao recuo na produção de madeira compensada. As maiores contribuições positivas para o resultado do Estado foram: química (10,3%) e mecânica (21,9%). “Estes setores foram positivamente influenciados pelo aumento na produção de fungicidas e herbicidas e colhedeiras agrícolas, confirmando a importância da agroindústria no Estado paranaense”, cita a análise do IBGE. Outro destaque foi o setor de material elétrico e de comunicações (14,3%), que voltou a crescer depois de quinze meses seguidos de quedas, devido às bases de comparação elevadas.

Já o indicador acumulado do ano (0,9%), pelo segundo mês em alta, foi influenciado pelo impacto da manutenção do crescimento apontado pelo segmento de produtos alimentares (7,3%), e pela redução da pressão negativa vinda do segmento de material elétrico e de comunicações, que passa de uma queda de -45,3% até setembro para -39,4% até outubro.

A taxa anualizada, medida pelo indicador acumulado dos últimos doze meses, reverteu a trajetória declinante dos três meses anteriores (0,5%). A ampliação na produção de rações e forragens, principal contribuição no crescimento de 6,4% do setor alimentício, foi capaz de superar a pressão negativa vinda, principalmente, da contração em material elétrico e de comunicações (-36,8%) e em madeira (-8,2%), por causa da menor produção de fios, cabos e condutores de cobre e madeira compensada.

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