A produção industrial do México recuou 0,1% em dezembro na comparação com novembro, após ajustes sazonais, informou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas do país. Em todo o ano de 2016, a produção na indústria do país ficou estável, com a produção mais fraca no setor de petróleo e gás ofuscando os ganhos em manufatura e construção.
O setor industrial mexicano foi um freio para o crescimento econômico do país no ano passado. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3%, menos que os 2,6% de 2015, segundo números preliminares oficiais divulgados no fim de janeiro.
Na comparação anual, a produção industrial mexicana teve queda de 0,6% em dezembro. Em 2016, a produção industrial ficou estagnada, com queda de 5,9% no setor de petróleo e gás, avanço de 1,3% no manufatureiro e alta de 1,8% na construção.
A companhia estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), que luta com os preços baixos do petróleo e com dificuldades financeiras que levaram a cortes orçamentários, afirmou que a produção de petróleo média recuou 5% no ano passado, para 2,154 milhões de barris por dia. Em dezembro, a produção petrolífera da Pemex teve baixa de 10,5% na comparação anual, para 2,035 milhões de barris por dia.
No fim do ano, a produção nas fábricas mexicanas deu sinais de força, com crescimento de 0,6% ante novembro, o terceiro avanço mensal consecutivo. O México produziu o recorde de 3,5 milhões de carros e caminhonetes no ano passado, crescimento de 2% ante 2015. A produção também avançou nos setores de alimentos e bebidas, têxteis e equipamentos eletrônicos.
Com o setor industrial mais fraco, o consumo privado foi o principal motor da expansão econômica do México no ano passado, apoiado pelo crescimento dos salários e do emprego, pela baixa inflação e pelas remessas recordes de mexicanos que vivem no exterior. Neste ano, porém, a expectativa é de desaceleração econômica, em meio a incertezas sobre as relações de comércio e investimento com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump. O investimento deve ficar mais perto da estagnação, enquanto o peso mexicano mais fraco ajudou a levar a inflação para a máxima em quatro anos, prejudicando a confiança do consumidor. Bancos ouvidos nesta semana pelo Citibanamex estimaram que o crescimento econômico do México neste ano desacelere para 1,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.