Foto: Arquivo/O Estado

Queda no setor automotivo influenciou na retração de 0,6% da produção em relação a agosto/2005.

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A produção industrial do Paraná avançou 0,4% em agosto, já descontadas as influências sazonais. Em relação a agosto de 2005 houve queda (-0,6%), acumulando -3,0% no ano e -4,0% nos últimos doze meses. Este indicador registrou ligeira diminuição no ritmo de queda em relação a julho (-4,3%). Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE, que apontou um quadro nacional positivo na comparação com julho. Dos 14 locais pesquisados, nove apresentaram crescimento. A taxa nacional ficou positiva em 0,7%.

No comparativo com agosto de 2005, a produção paranaense recuou 0,6%, com somente seis das quatorze atividades pesquisadas em queda, cabendo a veículos automotores (-15,6%), edição e impressão (-20,0%) e madeira (-15,6%) as principais pressões negativas. Os maiores destaques positivos vieram de alimentos (9,5%), em grande parte, por conta do aumento na produção de açúcar cristal e de óleo de soja refinado; e de máquinas e equipamentos (14,9%), impulsionado pela alta em máquinas para trabalhar matéria-prima para fabricar pasta de celulose.

O indicador acumulado no ano mostra redução de 3,0%, com a metade dos quatorze ramos pesquisados apresentando queda na produção. A maior contribuição negativa na formação da taxa geral foi observada em veículos automotores (-17,6%) devido, em grande parte, ao recuo na produção dos itens bombas injetoras para veículos, e automóveis. Também foram registradas quedas significativas em madeira (-12,9%) e em máquinas e equipamentos (-5,2%), conseqüência, em grande parte, da redução na fabricação de madeira compensada, e máquinas para trabalhar matéria-prima para fabricar pasta de celulose. Por outro lado, a principal pressão positiva veio de alimentos (4,9%), com destaque para o aumento nos itens açúcar cristal e óleo de soja refinado.

País

As maiores altas da produção industrial em agosto foram registradas na Bahia (3,2%), Goiás (2,1%), Minas Gerais (1,3%), Rio de Janeiro (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,9%). São Paulo (0,5%), parque fabril de maior peso no país, teve desempenho abaixo da média nacional (0,7%). Os demais locais com aumento na produção foram: região nordeste e Pará (ambos com 0,5%), e Paraná (0,4%). Ainda em relação a julho, a indústria do Amazonas manteve-se estável, e Espírito Santo (-5,8%), Pernambuco (-3,0%), Ceará (-2,2%) e Santa Catarina (-0,2%) apresentam reduções.

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De acordo com o IBGE, em 2006 a produção industrial nacional avançou de forma discreta, mas permanente. O índice de média móvel trimestral aponta crescimento há cinco meses consecutivos, acumulando 1,3% no período. Acompanhando esse movimento, nove regiões pesquisadas também mostram saldo positivo na comparação. Pará (5,8%) e Goiás (4,4%), apontam expansão mais evidente.

Em relação a agosto de 2005, enquanto o índice nacional subiu 3,2%, os índices regionais da produção industrial foram positivos em onze locais. Pará (19,1%) tem a única taxa de dois dígitos nessa comparação. Ceará (7,2%), Goiás (5,5%), região nordeste (4,4%), São Paulo (4,0%) e Minas Gerais (3,7%) também registram aumento.

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No acumulado do ano, houve alta em dez locais pesquisados, com destaque para Pará (15,4%), Ceará (8,0%) e Espírito Santo (6,0%). O Rio Grande do Sul (-3,5%) assinala a queda mais intensa, refletindo o desempenho desfavorável dos setores agrícola e de calçados.

Para o total do país observa-se um ligeiro aumento no ritmo de crescimento na passagem do final do primeiro semestre de 2006 (2,7%) para o bimestre julho-agosto (3,3%), ambas as comparações contra iguais períodos de 2005. Essa aceleração atingiu dez das quatorze regiões investigadas, sendo mais acentuada no Pará, que passa de 13,5%, no primeiro semestre, para 20,9% no bimestre julho-agosto, e no Espírito Santo (de 4,7% para 9,8%). Por outro lado, a maior desaceleração entre os dois períodos ocorreu na Bahia (de 5,9% para -0,3%).