A produção industrial brasileira cresceu 0,2% em janeiro deste ano ante dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal, segundo informou nesta quarta-feira (2) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas, que esperavam resultado de queda de 1,50% a alta de 0,30%. A mediana das previsões apontava recuo de 0,50% na produção industrial.
Na comparação com janeiro de 2010, a produção industrial brasileira subiu 2,5% em janeiro deste ano. Neste caso, as estimativas variavam de baixa de 0,10% a alta de 3,20%, com mediana positiva de 1,40%. Nos 12 meses encerrados em janeiro, a atividade industrial acumula alta de 9,4%.
Média móvel
O índice de média móvel trimestral da produção industrial mostrou queda de 0,2% no trimestre encerrado em janeiro ante o terminado em dezembro, segundo o IBGE. O resultado é igual ao do indicador anterior, apurado no trimestre encerrado em dezembro ante o terminado em novembro, quando também houve baixa de 0,2%.
Setores
O aumento da produção entre dezembro e janeiro foi sustentado pela expansão em 15 dos 27 ramos investigados e atingiu três das quatro categorias de uso. Entre os setores que cresceram, os desempenhos mais importantes para o resultado global vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (cuja expansão de 35,5% refletiu o retorno das férias coletivas concedidas por empresas do setor no mês anterior), metalurgia básica (5,3%) e farmacêutica (5,4%). Vale destacar que esses ramos haviam assinalado recuo em dezembro: -17,0%, -4,9% e –2,1%, respectivamente.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria foram observadas em máquinas e equipamentos (1,9%), produtos de metal (2,9%) e alimentos (0,8%). Entre as atividades que reduziram a produção na passagem de dezembro para janeiro, os destaques foram: veículos automotores (-3,2%), que acumulou perda de 4,0% nos últimos três meses, refino de petróleo e produção de álcool (-2,3%), minerais não metálicos (-2,8%) e bebidas (-2,4%).
Ainda na comparação com dezembro de 2010, no corte por categorias de uso, os índices foram positivos em bens de consumo duráveis (6,0%), bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,3%), enquanto a produção de bens intermediários (-0,4%) apontou o seu segundo resultado negativo nesse tipo de confronto. A expansão de 6,0% observada na fabricação de bens de consumo duráveis ocorreu após dois meses seguidos de taxas negativas e levaram o setor a ficar 0,7% abaixo do seu patamar recorde alcançado em junho de 2008. O segmento de bens de capital, ao crescer 1,8%, eliminou o recuo de 0,8% assinalado em dezembro, enquanto o acréscimo de 0,3% observado em bens de consumo semi e não duráveis interrompeu três meses seguidos de queda, período em que acumulou perda de 1,3%.