Produção industrial cai 1,8% em outubro no Japão

A produção industrial no Japão teve em outubro a queda mais acelerada dos últimos 20 meses, em mais um sinal de fragilidade na recuperação econômica do país, em um momento em que o fim dos subsídios governamentais à compra de veículos levou ao encolhimento da produção no setor automotivo. A indústria do Japão produziu em outubro 1,8% a menos do que em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria. O resultado marca o quinto mês seguido de retração e representa um recuo mais profundo que o de 1,6% do mês anterior.

Porém, o dado é muito melhor que a retração de 3,3% esperada pelos economistas, o que os analistas atribuem basicamente a um aumento na produção de TVs de tela plana, uma vez que as empresas se anteciparam a um crescimento da demanda antes da forte diminuição, em dezembro, dos subsídios do governo para a compra de veículos e utensílios domésticos com uso eficiente de energia. Ainda assim, o número divulgado hoje não contribui para amenizar as preocupações dos investidores com o estado da economia japonesa, que alguns esperam ver ainda mais estagnada, pois as exportações – principal motor econômico do país – perdem fôlego.

Os analistas também viram motivo para preocupação na taxa de estocagem de outubro, que aumentou 7,6% no mês depois de ter subido 1,3% em setembro. A aceleração no ritmo de crescimento dos estoques das empresas indica que novos recuos na produção devem ocorrer, dizem os analistas.

Desemprego

A taxa de desemprego no Japão aumentou para 5,1% em outubro, de 5% em setembro, enquanto o gasto das famílias diminuiu 0,4% no mês passado, segundo dados divulgados hoje. O economista Hiroshi Watanabe, do Instituto de Pesquisa Daiwa, disse que a taxa de desemprego no país pode seguir subindo até 5,5%, apenas 0,1 ponto porcentual abaixo do pior nível já registrado. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo