A indústria registrou crescimento na produção em 22 das 26 atividades pesquisadas na passagem de maio para junho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nove delas tiveram alta recorde na produção no período: alimentos, bebidas, vestuário, calçados, produtos de madeira, celulose, minerais não metálicos, móveis e máquinas e materiais elétricos. As principais influências positivas para a média global foram dos acentuados avanços de veículos automotores, reboques e carrocerias (47,1%) e de produtos alimentícios (19,4%).
“Em linhas gerais, aqueles que recuaram em maio mostraram recuperação para esse mês (junho). Até porque o mês de maio teve uma redução muito intensa, com paralisações em plantas industriais. Então a retomada da produção para o ritmo normal é claro que levaria a um maior ritmo para esses setores e para o total da indústria”, explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Outros avanços relevantes em junho ante maio ocorreram em bebidas (33,6%), produtos de minerais não metálicos (20,8%), celulose, papel e produtos de papel (17,9%), produtos de borracha e de material plástico (12,5%), outros produtos químicos (7,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,6%), produtos de metal (11,1%), móveis (28,5%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (19,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (13,5%), máquinas e equipamentos (5,6%), couro, artigos para viagem e calçados (14,5%), produtos de madeira (17,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,1%) e metalurgia (2,5%).
Na direção oposta, entre as três atividades com perdas na produção em junho, a mais relevante foi a de outros equipamentos de transporte (-10,7%), com a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma perda de 24,0% nesse período.
“Em outros equipamentos de transportes a perda foi na produção de motocicletas. Talvez a Copa do Mundo tenha causado essa antecipação de férias coletivas para (empregados das fábricas de) motocicletas, mas foi o único segmento com queda dentro de bens de consumo duráveis”, atentou Macedo.