A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nota hoje (23) esclarecendo que as negociações entre Brasil e Alemanha para a produção de 100 mil carros a álcool no País, dentro do Protocolo de Kyoto, podem envolver todos os fabricantes de veículos e não apenas a Volkswagen do Brasil.
Ontem (22), fontes ligadas ao Ministério das Relações Exteriores informaram que a declaração conjunta, que deve ser assinada pelos dois países na próxima semana, durante a reunião Rio +10, em Johannesburgo, na África do Sul, permitirá à Volkswagen fazer novos investimentos no Brasil para a produção de 100 mil carros a álcool nos próximos anos, o que daria à empresa o direito de abater um porcentual da meta de redução da emissão de gases poluentes. O acordo prevê investimentos alemães de R$ 100 milhões e deverá reduzir o preço dos carros, por conta do subsídio para algumas frotas.
O diretor de Relações Institucionais da Anfavea, Ademar Cantero, afirmou hoje, entretanto, que todas as montadoras que produzem o carro a álcool no Brasil podem ser beneficiadas pelo acordo que, por enquanto, está sendo discutido na esfera governamental.