A produção de produtos químicos de uso industrial teve um recuo de 2,29% em janeiro de 2018 sobre o mês anterior devido a paradas programadas para manutenção, segundo informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

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A entidade informa ainda que as vendas internas tiveram um aumento de 13,91% no primeiro mês do ano ante dezembro, além de terem ficado 8,38% acima de igual mês do ano passado, mantendo o ritmo do final do ano passado.

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O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção nacional mais a importação e menos a exportação, dos produtos químicos de uso industrial teve recuo de 14,5% em janeiro deste ano, justificado pela queda do volume importado de intermediários para fertilizantes, que encerrou 2017 com elevados estoques na cadeia.

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Nos últimos 12 meses, encerrados em janeiro de 2018, sobre igual período imediatamente anterior, a produção subiu 1,28%, as vendas internas cresceram 0,03% e o CAN subiu 2,5%.

EM nota, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, destaca que as perspectivas econômicas melhoraram consideravelmente e estão refletidas no recuo da inflação, na queda da taxa de juros, na volta da recuperação da atividade econômica e nos resultados positivos para o PIB total do Brasil e também para o industrial, que podem auxiliar a indústria na melhora da atividade do setor.

Fátima lembra, no entanto, que o volume de produtos importados subiu 21,1% em 2017, suprindo 38% da demanda nacional por químicos do País, novo recorde histórico. “No período de 1990 a 2017, a taxa anual de crescimento do CAN foi de 3,2%, enquanto a produção nacional subiu 2,0% ao ano e as vendas externas cresceram 2,7% ao ano, as importações cresceram 9,8% ao ano, quase três vezes mais do que o aumento do CAN”, alerta.

Segundo a diretora da Abiquim, o crescimento das importações também afeta a ocupação da capacidade instalada. A taxa média de ocupação de todo o ano passado foi de 79%, um ponto abaixo da verificada em 2016. A ociosidade, de quase 20% desde 2008, preocupa especialmente pela característica da operação em processo contínuo. As plantas químicas deveriam operar entre 87%-90% da capacidade, nível mais dentro do padrão do segmento.