A produção leiteira do Paraná, principalmente do município de Castro, na região dos Campos Gerais, foi o grande destaque em termos de evolução no desempenho da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2009.
O efetivo estadual leiteiro passou de 2,83 bilhões de litros, em 2008, para 3,34 bilhões no ano passado. O aumento de 18,1% na produção do Estado veio acompanhado de um incremento da ordem de 26% no valor do produto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O leite é um produto que responde rapidamente as condições de mercado, por isso essa sintonia entre o crescimento da produção e do valor no Paraná”, explicou o gerente de pecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira.
Pelo PPM 2009, os principais produtores de leite foram Minas Gerais com participação relativa de 27,2%, Rio Grande do Sul com 11,7%, e Paraná, que trocou de posição com Goiás, e ficou com o 3º lugar respondendo por 11,5% da produção leiteira nacional, que somou 29,112 bilhões de litros.
Castro, no entanto, foi o município com maior produção em todo o País, seguido por Patos de Minas (MG) e Piracanjuba (GO). Segundo o IBGE, a produção mostra-se bem distribuída, com os 20 principais municípios representando apenas 7,0% do total nacional.
Dentre os rebanhos de médio porte, o efetivo nacional de suínos somou 38,045 milhões de cabeças, alta de 3,3% em relação a 2008. Desde 2003, o rebanho desses animais apresenta expansão constante.
O Paraná incrementou em 10% o seu rebanho, sendo que o município de Toledo dói o principal responsável pelo destaque – sendo o terceiro maior produtor do País.
“Conseguimos agregar valor a produção de suínos em nossa região devido a instalação de várias indústria de cortes, isso impulsionou ainda mais nossas produção, tanto que Toledo é o primeiro município do Estado em arrecadação de ICMS por conta do Valor Bruto da Produção”, destacou o chefe do núcleo regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), João Luís Nogueira.
Deslocamento
Em 2009, o efetivo nacional de bovinos atingiu a marca de 205,292 milhões de cabeças, um acréscimo de 1,5% em comparação com o ano anterior. No âmbito estadual, o Mato Grosso destacou-se com 13,3% do efetivo desses animais, seguido por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 10,9% cada.
“É um caminho irreversível a distribuição da produção em todo o País, com foco no Centro-Oeste que possui mais área para os animais de grande porte e torna mais baixo o custo de criação dos animais de médio e pequeno porte devido a intensa produção de soja e milho”, avaliou o gerente de pecuária do IBGE.