Brasília (AE) – Ao contrário da produção de petróleo, a produção de gás natural continua em queda no País e em novembro passado caiu para o menor nível nos últimos dois anos. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção média mensal de novembro ficou em torno de 46,692 milhões de metros cúbicos diários, com queda de 0,64% em relação ao mesmo mês de 2005. Em relação ao mês anterior (outubro) a queda foi de 0,49%, fazendo com que a média dos 11 primeiros meses do ano passado ficasse praticamente estável em relação a igual período de 2005 (queda de 0,03%).

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Os dados da ANP mostram que, além de a produção não estar crescendo, o volume efetivamente colocado à disposição do mercado interno também é menor, oscilando em torno de 25,882 milhões de metros cúbicos diários em novembro, com queda de 0,93% no intervalo de 12 meses. A produção nacional, portanto, está abaixo das importações médias da Bolívia, que estão oscilando entre 26 e 28 milhões de metros cúbicos diários. A participação do total disponível ficou em 55,43% em relação à produção total, o que indica que a Petrobras está demandando maior volume do combustível, seja para as suas plataformas de exploração ou mesmo para a geração de energia elétrica.

A queima de gás natural em novembro caiu para 4,105 milhões de metros cúbicos diários, com redução de 4,39% sobre igual mês de 2005. Esse volume só é superior ao registrado em janeiro, quando estava em 3,836 milhões de metros cúbicos diários. O desperdício, porém, foi crescendo gradualmente até meados do ano, atingindo 6,608 milhões em junho, recuando desde então.

A Petrobras explica que sempre que há o lançamento de novas plataformas de produção há aumento na queima de gás, já que a extração do petróleo no Brasil se faz de forma associada, ou seja, óleo e gás simultaneamente. Por não ter infra-estrutura para escoar o gás, a opção é queimar o combustível, aproveitando-se apenas a parte líquida. O volume queimado em novembro seria suficiente para gerar cerca de 1.000 MW médios naquele mês, ou cerca de 2% do consumo nacional de energia elétrica.

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