A produção da Nissan no Brasil teve queda de 7,6% no terceiro trimestre deste ano ante igual período do ano anterior, informou a montadora japonesa em balanço publicado nesta segunda-feira, 7. Foram 12.534 veículos fabricados nos três meses encerrados em setembro, contra 13.562 em igual intervalo de 2015. Na comparação com o volume produzido no segundo trimestre, publicado em balanço anterior, o recuo é mais tímido, de 2,5%. A empresa apresenta, portanto, retração de 15,2% no acumulado do ano até setembro, para 33.452 unidades produzidas. A Nissan conta com duas fábricas no Brasil, uma em São José dos Pinhais (PR) e outra em Resende (RJ), ambas mantidas em parceria com a Renault.
A queda na produção da Nissan no terceiro trimestre ocorre apesar do crescimento nas vendas. Entre as principais montadoras com atuação no Brasil, a marca é uma das três únicas que tiveram aumento das vendas no terceiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado, ao lado da GM e da Toyota, segundo levantamento feito a partir de dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Nos três meses encerrados em setembro, os emplacamentos de veículos da Nissan somaram 17.996 unidades no Brasil, avanço de 11% sobre o resultado de igual período de 2015. A alta se deve principalmente ao lançamento do modelo Kicks, cuja pré-venda teve início em junho. De julho a setembro, as vendas do carro representaram um terço do total de unidades comercializadas pela Nissan. A montadora ocupa o novo lugar no ranking de marcas mais vendidas no Brasil, com 2,93% de participação de mercado.
Apesar do recuo na produção em 2016, o Brasil já não é mais o país com o pior desempenho da montadora no mundo. No terceiro trimestre, os maiores tombos foram vistos em África do Sul (-28,3%), Indonésia (-26,9%) e Tailândia (-22%), todos na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. No primeiro trimestre, a queda da produção no Brasil foi a maior de todas, de 35,2%.
No resultado global, a produção da montadora alcançou 980,9 mil unidades no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 9% em comparação ante igual intervalo de 2015. As vendas, por sua vez, somaram 1,048 milhão de unidades nos três meses encerrados em setembro, avanço de 3,2% sobre o volume de igual período do ano passado.