A produção da indústria brasileira teve queda de 4,3% em maio ante mesmo mês do ano anterior. Trata-se do nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde setembro de 2009, quando a retração foi de 7,6%.
Na comparação com abril, o recuo foi de 0,9% na série livre de influências sazonais, a terceira queda mensal seguida. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano, a redução acumulada é de 3,4%, e nos últimos 12 meses, o resultado verificado é de queda de 1,8%, segundo o IBGE.
De acordo com o levantamento, a produção recuou em 14 dos 27 ramos investigados no mês. Os principais impactos negativos foram observados nos setores de veículos (-4,5%) e de alimentos (-3,4%). Outras contribuições negativas vieram do setor de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), metalurgia básica (-2,4%), celulose e papel (-3%) e calçados e artigos de couro (-5,3%).
O setor produtor de bens de consumo duráveis puxou a queda, seguido por bens de capitais. Uma das explicações pode estar ligado à restrição do crédito e o comprometimento da renda das famílias brasileiras.