Enquanto a produção industrial brasileira cresceu 3,3% em julho, comparado a julho de 2001, a do Paraná caiu 2,3%, segundo a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada hoje. No acumulado do ano (-1,7%) e nos últimos doze meses (-0,9%), a atividade da indústria estadual também registra índices inferiores à média nacional (0,4% e -0,8%, respectivamente).
A maior influência negativa na queda mensal de 2,3% veio dos desempenhos da química (-7,6%) e de material elétrico e de comunicações (-40,5%) pressionados, respectivamente, pela redução na produção de óleo diesel e fio, cabo e condutor de cobre. Já o setor alimentício, após cinco meses de crescimento, ficou com variação negativa de 1,6%. Dentre os dez setores que elevaram a produção, a mecânica, com incremento de 43,8%, foi o que mais contribuiu positivamente para o resultado global, embora não tenha conseguido reverter o resultado final. O principal item responsável pelo desempenho deste setor foi equipamentos agrícolas.
Já no indicador acumulado no ano, observa-se uma ligeira acentuação na trajetória de queda, com a taxa variando de -1,6% até junho para -1,7% até julho, aponta o IBGE. O resultado negativo foi fortemente impactado pelo segmento de material elétrico e de comunicações (-51,7%). De acordo com o IBGE, o indicador acumulado nos últimos 12 meses (-0,9%) confirma a trajetória declinante no Estado, já que em junho houve expansão de 0,1%. A explicação dos pesquisadores novamente é a queda em material elétrico e de comunicações (-41,2%).
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