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Procura por bacalhau ainda é pequena nas peixarias de Curitiba

A poucas semanas para a celebração da Sexta-feira Santa e da Páscoa (22 e 24 deste mês, respectivamente), a procura por bacalhau, o prato mais tradicional deste período, ainda é pequena nas peixarias de Curitiba. Apesar disso, os comerciantes afirmam que a expectativa é de que o movimento aumente bastante na semana em que ocorrem as duas datas.

O proprietário de uma loja no Mercado Municipal de Curitiba, Cláudio Luiz de Morais, conta que a procura pela especiaria aumenta todo ano e acredita que não será diferente em 2011. “O pessoal costuma seguir esta tradição de comer o bacalhau neste período. Há uma gama de opções para todos os gostos e também para todos os bolsos. Ainda está relativamente cedo para comprar o bacalhau e muita gente compra apenas na semana da Páscoa e muitos até compram na véspera do feriado de Sexta-feira Santa. A tendência é de que a partir do dia 16 o pessoal já comece a comprar”, comenta.

Ele comenta ainda a variação do preço do produto. “O quilo do bacalhau varia de R$ 65, da variedade zarbo, a R$ 85, do tipo porto imperial, que é o mais vendido. Há ainda bacalhau desfiado, que sai em média a R$ 45. Opção é o que não falta”, diz.

A estudante Camila Barbosa conta que ainda não viu os preços, mas garante que não faltará bacalhau em sua mesa no feriado santo. “Geralmente a minha mãe prepara um prato com bacalhau nesta época de Páscoa. Mesmo com o preço um pouco alto, a gente acaba comprando, nem que seja em menor quantidade ou desfiado. Por consumir também apenas neste período, a minha família acaba não abrindo mão desta tradição”, diz.

Alternativas

Quem não está disposto a pagar caro pelo bacalhau, mas não abre mão de substituir a carne bovina, de ave ou suína pela de peixe no feriado católico, encontra outras opções nas peixarias. Kielven Alberti, proprietário de peixaria no Mercado Municipal, revela que o movimento chega a aumentar até 40% durante esta semana. “Durante o período da quaresma é normal, mas quando chega a celebração da Sexta-feira Santa a gente entra em uma intensa correria. Há inúmeras opções para quem não quer comer bacalhau. Por exemplo, os clientes procuram por peixes de fácil preparo, como o filé de pescada, de robalo e de cação, cujos preços ficam entre R$ 22 e R$ 42 o quilo, bem abaixo do bacalhau”, informa.

Alberti conta ainda que o salmão vem crescendo bastante no gosto dos clientes. “O salmão está caindo no gosto do público. Antigamente era mais complicado de se achar, mas hoje em dia está fácil. Além de saboroso, ele tem um preço atraente, saindo em média a R$ 38 o quilo”, comenta.

A aposentada Ivete Dzierva é uma destas pessoas que vão trocar o bacalhau por outro peixe. O motivo, segundo ela, é a diferença de preços. “Nem estou cogitando preparar o bacalhau, pois acho que o quilo dele está muito caro. Não ligo para esta tradição. Faço o que está mais barato. Possivelmente, compre salmão para este dia. Bacalhau só compro quando está fora de época, quando o preço cai consideravelmente”, conclui.

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