Tanto fornecedores como consumidores ainda têm muitas dúvidas sobre a comercialização do pão francês ou d?água a quilo. O assunto foi pauta de reunião ontem entre o coordenador do Procon-PR, Algaci Túlio, e o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná, Joaquim Cancela, para avaliar os primeiros dias de vigência do termo de compromisso que estabeleceu esta nova prática. O Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta começou a vigorar na última terça feira, dia 7, e prevê que o pãozinho, cujo peso padrão é de 50 gramas, deve ser pesado na frente do consumidor.
“A compra do pão d?água por unidade é um habito que integra o cotidiano da população e qualquer mudança neste sentido requer tempo,” explicou o Coordenador, informando que nova avaliação estará sendo realizada em 15 dias e que, neste período, serão contatadas entidades de defesa do consumidor e a APRAS -Associação Paranaense de Supermercados – para também analisar o assunto. Ainda durante este prazo, a fiscalização do Procon junto às panificadoras será de esclarecimento e o orientação.
A queixa mais freqüente dos consumidores é a de que teria ocorrido um aumento no preço do produto. Para o Coordenador, não há motivo para que isso aconteça, pois a medida visa que o consumidor saiba exatamente se o pão tem o peso padrão. Caso este seja menor, pagará proporcionalmente, se exceder 50 gramas, o estabelecimento só poderá cobrar o valor equivalente a este peso.
Para o presidente do SIPCEP, a avaliação dos primeiros dias da vigência do termo é positiva e que “a adoção da medida desagradou a quem estava atuando de forma irregular na venda do pão francês. Agora, o próprio consumidor fiscaliza o pão que está adquirindo.”
Os consumidores estavam com dúvidas na hora de comprar o pão, achando que o preço havia aumentado, o que não é verdade. O que vem ocorrendo é que algumas padarias estavam vendendo a unidade por um preço inferior de mercado e com peso bem abaixo de 50 gramas. Agora com a readequação do peso o valor teve que acompanhar o aumento. O preço do quilo tem variado entre R$ 3,50 e R$ 5,00.
Medida em estudo no interior
Em Londrina o Procon realizou na última quinta-feira a primeira reunião entre o Sindicato dos Panificadores e o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) para tratar do assunto. Segundo o coordenador geral do Procon na cidade, Tito do Valle, na região também estava havendo a venda de pães com peso inferior ao determinado por lei e a medida deve acabar com as irregularidades. Na próxima semana, deve ser definido a data de outra reunião. Tito comenta que o modelo adotado em Curitiba e Região foi analisado e se adotado deve conter algumas alterações.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Curitiba e Região, Joaquim Cancela Gonçalves, a venda por quilo é uma ação transparente e traz credibilidade para as padarias. Ele diz ainda que esta é a tendência da panificação moderna, tanto que cidades como Ponta Grossa e Cascavel também estão se movimentando para implementar a venda do pão por quilo.
