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Privatização das distribuidoras tirou um peso da Eletrobras, diz Ferreira Júnior

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, comemorou nesta sexta-feira, 28, a saída da estatal do segmento de distribuição com a venda de sua última distribuidora, a alagoana Ceal, nesta tarde. A privatização das seis empresas ao longo deste ano “tirou um peso” da Eletrobras, que agora poderá focar nos segmentos em que a companhia tem relevância ao País e maior capacidade de engenharia e tecnologia, destacou o executivo, em coletiva de imprensa.

A Equatorial Energia arrematou a Ceal ao ofertar um Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária e Outorga igual a zero. Ao lance mínimo, a companhia não abre mão de qualquer flexibilização em nível de perdas ou custos operacionais ofertados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e também não há pagamento de outorga à União. Por já haver um deságio inicial embutido, o leilão resultará ainda em uma redução em torno de 3,5% da tarifa de energia em Alagoas, afirmou Ferreira Júnior.

O presidente da estatal não comentou diretamente números de alavancagem da empresa após a privatização das distribuidoras, mas lembrou que o processo terá um resultado contábil positivo com a alienação das empresas.

Ainda de acordo com Ferreira Júnior, a Eletrobras está caminhando para atingir um nível de alavancagem abaixo de 3,0 vezes, o que abriria espaço para um eventual retorno da empresa a leilões a partir do próximo ano. “Saímos fora de um negócio em que perdíamos dinheiro, agora temos uma perspectiva diferente”, frisou.

Sobre as dívidas assumidas com a Petrobras, da ordem de R$ 14 bilhões, o presidente da estatal disse acreditar que a empresa terá capacidade de honrá-las. “É certo que a situação da companhia é bastante melhor”, concluiu.

PPI

O presidente da Eletrobras destacou que a empresa está trabalhando junto ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para realizar, no segundo semestre de 2019, o certame internacional de atração de um parceiro para concluir as obras da usina nuclear Angra 3. “Mas, evidentemente, está entrando um novo governo, temos que fazer essa transição com eles e avaliar”, afirmou, em coletiva de imprensa após o leilão de venda da Ceal, última distribuidora da estatal.

“Certamente, a frequência de acionamento dessa bandeira (vermelha nível 2), com Angra 3, seria muito menor, no caso do ano passado. Porque seria inexistente. Isso baixaria a tarifa ao consumidor, não aumentaria”, acrescentou.

Ferreira Júnior comentou ainda que as usinas Angra 1 e Angra 2 foram consideradas entre as 10 melhores do mundo nesse tipo de geração. “Trata-se hoje de uma geração de altíssima confiabilidade. (A usina) seria muito importante para o sistema, porque aumenta confiabilidade e tende a trazer o preço(para baixo) com a incidência menor de bandeiras de nível alto”.

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