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O primeiro dia da greve dos bancários fechou 299 agências em todo o Paraná, segundo balanço da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR), que representa 80% da categoria no Estado. Em todo o Paraná existem 1.375 agências, onde trabalham mais de 30 mil bancários – 17,9 mil só nas 468 unidades de Curitiba e região metropolitana. A Fetec-PR estima que 60% dos bancários do Estado cruzaram os braços.

O maior volume de unidades paralisadas está na Grande Curitiba (114 – 24,3% do total), seguido das regiões de Londrina (45), Umuarama (38), Toledo (23), Apucarana (21), Campo Mourão (20), Guarapuava (17), Paranavaí (13) e Cornélio Procópio (8). Na região de Arapoti a greve começa na quarta-feira (28). Também estão paralisados 13 centros administrativos na capital. “O primeiro dia do movimento foi bastante forte. Nossa expectativa é ampliar a adesão para forçar a negociação”, disse o presidente da Fetec-PR, Elias Jordão.

Em toda a Região Metropolitana de Curitiba, a mobilização teve adesão de 11.680 trabalhadores – 2.850 nas agências e 8.830 nos centros administrativos. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, estão fechadas 32 agências de bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa) e 82 de bancos privados (Itaú, Santander, HSBC, Bradesco, Citibank e Banrisul). O banco privado com mais agências fechadas é o Itaú, com 34.

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Na noite de segunda-feira, os trabalhadores recusaram, em assembleias, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 8%, que equivaleria a um ganho real de 0,56% e declararam greve por tempo indeterminado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Otávio Dias, neste primeiro dia de greve estão fechadas as agências do centro da cidade e a maioria das instituições no Centro Cívico, Portão e Rebouças. O sindicalista acredita que outras agências devem ser fechadas na cidade, conforme aumentar a adesão da categoria.

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Segundo Dias, a categoria reivindica 12,8% de reajuste, valorização do piso e distribuição dos lucros de três salários mais R$ 4.500 fixos ao ano.

Além disto, os trabalhadores querem melhoria nas condições de trabalho. O presidente do sindicato informou que, em média, 1.200 pessoas são afastadas do trabalho nos bancos por mês. Destes, 50% possuem doenças decorrentes da sobrecarga da atividade como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e doenças psíquicas.

Os bancários também pedem um maior investimento em segurança com a aquisição de novas tecnologias e instalação de equipamentos de proteção como os biombos. “Este ano já ocorreram 838 ataques a bancos, com a morte de 31 pessoas entre usuários e bancários”, explicou.

Atendimento

Quem precisa utilizar os serviços bancários pode realizar saques, pagamentos e transferências nos caixas eletrônicos. Grande parte dos pagamentos podem ser realizados também nas lotéricas, em correspondentes bancários e em alguns estabelecimentos comerciais como mercados.

Já quem precisa realizar uma operação diretamente com os bancários ficará desatendido. É o caso de Emerson Luiz Adriano que procurou uma agência no centro da cidade nesta manhã para concluir a operação de crédito para a compra de uma lavadora de alta pressão que ele usa no trabalho. Sem atendimento, ele lamentou a situação que trará prejuízo.

“Eu estive aqui na sexta e hoje seria só realizar a retirada. E ainda terá o começo do mês com as contas para pagar. Depois, se não paga, você tem que arcar com os juros”, reclamou.