O comportamento dos preços de hortaliças e legumes é o principal fator de pressão sobre o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) em fevereiro, aponta o economista Paulo Picchetti, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Nesta segunda-feira, 25, o Ibre/FGV relatou alta de 0,29% do indicador na terceira quadrissemana de fevereiro, em desaceleração ante a expansão de 0,34% registrada na leitura anterior.
A desaceleração já era esperada já que os efeitos dos reajustes em educação, no mês anterior, vêm perdendo relevância.
Por ora, Picchetti mantém sua expectativa para o resultado fechado de fevereiro em alta de 0,20%. “Com um leve viés de alta. A percepção se dá pela dificuldade em acertar as variações mais específicas de itens in natura, especialmente hortaliças e legumes”, comentou. Ele citou os preços do feijão e da batata-inglesa entre as principais forças de pressão.
Por outro lado, destacou o economista do Ibre, frutas têm oferecido alívio aos preços. “Estão desacelerando bastante neste mês”, disse.
Para o resultado fechado em 2019, a expectativa é de alta de 4,30%.