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O ministro da Previdência, Amir Lando, confirmou que viaja em fevereiro para os EUA, onde vai se reunir, a partir do dia 3, com representantes do FMI (Fundo Monetário Internacional) para tratar do intercâmbio de informações na gestão do sistema previdenciário brasileiro. Ao invés de propor uma terceira reforma da Previdência, o Brasil defende agora corte de custos a partir um "choque de gestão" na administração previdenciária e no combate a fraudes. O governo quer investir na informatização do sistema previdenciário, na eliminação de inconsistências legais e no atendimento ao usuário da Previdência.

O ministro afirmou que a proposta representa uma inversão na pauta entre o Brasil e o FMI. Antes, o organismo internacional pautava os encontros e sugeria medidas ao governo brasileiro. Agora, é o Brasil que vai apresentar as idéias a serem adotadas na área da Previdência Social, disse.

Segundo o assessor especial do ministro, Milko Matijascic, no encontro do próximo mês, Amir Lando vai explicar ao FMI porque é inviável neste momento o Brasil pensar em uma nova reforma previdênciária. "O ministro vai mostrar que uma reforma da previdência nos moldes tradicionais, embora tenha se mantido a conjuntura, é praticamente impossível.

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Matijascic disse que na avaliação do ministério, há um desgaste muito grande em relação à reforma previdenciária, principalmente no Congresso, onde ela não seria bem-vinda. "As medidas do choque de gestão procuram ajudar os esforços fiscais da equipe econômica do governo", afirmou o assessor da Previdência.

Na avaliação de Matijascic, a proposta do choque de gestão foi bem aceita pelo FMI. Ele disse que as medidas já fazem parte do protocolo de intenções assinado entre o Ministério da Previdência e o Fundo.

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Neste protocolo, está prevista a ajuda do FMI para a recuperação da arrecadação previdenciária brasileira. Para isso deverá ser elaborado um projeto de controle de riscos que visa estabelecer referenciais e parâmetros para o sistema previdenciário.

Na noite desta terça-feira, Matijascic embarca juntamente com uma equipe do Ministério para Genebra, na Suíça, para participar de uma reunião na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

O objetivo do encontro é tratar justamente do controle de risco na Previdência, bem como da melhoria do atendimento ao usuário e a melhoria da formação do servidor da Previdência no Brasil.