O ministro da Previdência Social, José Pimentel, previu um déficit de R$ 38 bilhões nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2008. Segundo ele, a estimativa é menor do que a previsão de R$ 44 bilhões incluída no Orçamento da União. “Foi um erro saudável”, destacou o ministro, que, como deputado federal, foi relator da proposta de Orçamento de 2008.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de déficit da Previdência caiu para 1,5%. Em 2007, o déficit da Previdência foi equivalente a 1,7% do PIB ou R$ 44,88 bilhões (em valores nominais, sem a correção da inflação).
Para o ministro, o déficit vem caindo, sobretudo, pela melhoria do mercado de trabalho no País e pela política interna de gestão das contas da Previdência. “A situação do mercado de trabalho foi fundamental”, disse. O ministro minimizou um eventual impacto nas contas da Previdência em decorrência de uma desaceleração do crescimento do Brasil em função da crise internacional. Segundo ele, o mercado de consumo de massa do País vem crescendo e vai sustentar o crescimento. Ele também destacou as medidas para a formalização das empresas e dos trabalhadores.
“A arrecadação está crescendo acima da velocidade de geração formal de emprego”, destacou o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer. Ele ressaltou ainda que a arrecadação vem crescendo o dobro do que as despesas.